Corintiano que matou esposa palmeirense passa por mais uma audiência
Apesar de ter confessado o crime, empresário segue respondendo em liberdade

Fernanda Trigueiro
O empresário corintiano que matou a esposa palmeirense passou por mais uma audiência, mas a decisão se o réu será levado a júri popular foi adiada. O crime aconteceu há um ano e meio, em São Paulo e, mesmo confessando que matou a mulher depois de uma discussão por futebol, ele está em liberdade.
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Na chegada ao fórum, os advogados de Leonardo Ceschini não quiseram falar. A audiência de instrução seria a última, mas durou apenas 40 minutos porque uma testemunha de defesa não compareceu. Por isso, a sessão foi remarcada para o dia 22 de novembro.
Leonardo matou a mulher, Érica Fernandes Alves Ceschini, a facadas, em janeiro de 2021, no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista. O motivo da briga que terminou em morte foi a conquista da Copa Libertadores pelo time alviverde.
O marido chegou a confessar o crime e foi preso, ficou na cadeia por um mês até ser libertado. Hoje responde em liberdade por homicídio doloso qualificado por feminicídio, motivo fútil e meio cruel. A expectativa é que o empresário seja ouvido na próxima audiência, marcada para novembro, para que a justiça decida se ele vai à juri popular.
Os parentes de Érica não acreditam que ela tenha sido assassinada apenas por uma discussão sobre futebol.
"É um sentimento da família que não só pelo fato do futebol porque isso foi muito ventilado a época, eles já não estavam bem na relação, existe um áudio que ele mandou para um dos familiares da vítima e esse áudio ele disse claramente que ele a mataria", AFIRMA Epaminondas Gomes, advogado da família.
No áudio, Leonardo afirmava: "mano, essa filha da p*** da sua prima agora tá domesticada aqui, tá boazinha. Lá em casa ela é uma filha da p***! Quero matar ela".
Os filhos gêmeos do casal, com pouco mais de um ano de idade, na época, testemunharam o assassinato da mãe. As crianças estão com a avó materna, mas o pai tenta obter a guarda na Justiça.
O advogado da família de Érica lamentou mais um adiamento, mas se mantém confiante: "nós nao temos dúvida que vai acontecer a pronúncia dele, ele vai enfrentar o tribunal popular e la ele vai receber a justa medida da culpabilidade dele".
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