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Economia

Haddad diz que crise nas Americanas "gerou estresse" na economia e cobra solução

Empresa vai se reunir com bancos e credores, nesta 5ª feira, para discutir pagamento de dívidas

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Fernando Haddad
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a crise nas Americanas "gerou estresse" na economia e cobrou soluções dos responsáveis. A declaração foi dada nesta 4ª feira (15.fev), durante o evento do banco BTG Pactual, em São Paulo.

Haddad definiu o rombo na varejista como um problema macroeconômico brasileiro. A empresa está em recuperação judicial devido a uma dívida de quase R$ 50 bilhões.

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"Esse caso das Americanas gerou estresse. Um cara que dá um tombo de 0,5% do PIB, em 16 mil credores... estamos aguardando, até agora, um pronunciamento. Cadê a solução? Tem que ter uma solução", questionou o ministro. No último fim de semana, a direção da empresa atualizou sua lista de credores. Agora, são 9.460.

No mesmo evento, Haddad afirmou que o rombo na Americanas só veio à tona por causa da alta na taxa de juros no Brasil. Isto porque muitas empresas pegaram empréstimos junto aos bancos com juros de 2%. Agora, com a taxa selic em 13,75%, a dificuldade para pagar dívidas aumentou consideravelmente.

"Você podia rolar, por mais 3 ou 4 anos, aquela bagunça lá. Algum momento, ia se perceber, mas podia rolar. De repente, a taxa vai de 2% para quase 14%, e o corpo boia, fica todo exposto. Agora, foi um problema de fraude. Mas, e daqui 1 mês, 2 meses, 6 meses? Será que aquele que se comportou direitinho, pagou seus fornecedores, registrou suas dívidas, será que ele vai suportar isso?", argumentou Haddad.

Os primeiros encontros da Americanas com bancos e credores, nesta 5ª feira (16.fev), serão promovidos por uma empresa contratada para mediar as negociações. Paralelamente, o Governo Federal estuda a liberação de uma linha de crédito, via BNDES, para fornecedores da varejista, o que pode amenizar o impacto da crise.

De acordo com os economistas, a crise da Americanas pode provocar mais dificuldade na obtenção de crédito, principalmente, por parte dos bancos, algo que preocupa o mercado.

"A cautela do banco afeta a exigência. Hoje, empresas que antes tinham acesso, têm mais dificuldade, porque não têm informações tão claras ou consistentes para atender às necessidades dos bancos", explica o professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Joelson Sampaio.

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