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Economia

Dólar comercial fecha em queda e chega ao menor valor em dois anos

A taxa básica de juros no Brasil acima de 10% tem trazido investidores estrangeiros ao país

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Cédulas de dólar sobre superfície (Reprodução)
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Pelo sexto dia seguido, o dólar comercial fechou em queda e chegou ao menor valor desde março de 2020, início da pandemia. A moeda norte-americana recuou 1,4%, cotada a R$ 4,83. A notícia foi bem recebida por quem pretende viajar para o exterior.

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A três meses de uma viagem para os Estados Unidos, o dever de casa do empresário Natanael  Sena tem sido checar, diariamente, a cotação do dólar. "Quando eu percebo que o dólar está caindo acompanhando o meu aplicativo, eu começo a fechar coisas. O que são as coisas? É carro, hospedagem, hotel, passeio", afirmou. Ele acrescenta ter economizado cerca de R$ 1 mil da semana passada para 3ª feira (22.mar).

É bom mesmo estar atento, porque fazia tempo que a moeda americana não ficava tão atrativa no Brasil. Para o analista de investimentos Fernado Bresciani, o recuo se deve a alguns fatores. A taxa básica de juros no Brasil, a Selic, atualmente, acima de 10%, tem trazido investidores estrangeiros. "Ela é atrativa porque é uma das maiores taxas de juros do mundo, então as pessoas vêm aqui buscar retorno. Além de entrar na Bolsa, elas também vêm surfar um retorno pelo lado da renda fixa. Isso atrai muito dinheiro também", falou Bresciani.

Ainda de acordo com ele, "tirando esse ponto, a gente teve a guerra Rússia-Ucrânia". Em suas palavras, "isso, o que acontece, afugentou o investidor da Europa, ele também saiu de lá e veio para cá, buscando retorno, um cenário mais tranquilo". A possibilidade de uma escassez de matéria-prima provocada pela guerra impulsionou o preço das commodities e aumentou o volume de dólar que circula no Brasil.

Para Bresciani, a queda na cotação do dólar durará "mais um pouco". Ele ressalta que "isso chama atenção das pessoas que querem viajar ou fazer apostas em dólar". Um bom desfecho para o roteiro do Natanael. Segundo o empresário, "não existe economia sem planejamento".

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