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Saúde

Médico explica primeiro sintoma do tumor no crânio do filho de Wesley Safadão

Filho do cantor com Mileide Mihaile foi diagnosticado com granuloma eosinófilo aos 14 anos; especialistas falam sobre a doença e o tratamento

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Yhudy Lima passou por uma cirurgia de emergência em São Paulo. | Reprodução/Redes sociais
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O adolescente Yhudy Lima, de 14 anos, filho do cantor Wesley Safadão e de Mileide Mihaile, foi diagnosticado com um tumor no crânio. O caso levou a uma cirurgia de emergência, realizada com sucesso na última semana, em São Paulo.

Em comunicado publicado nas redes sociais na quarta-feira (24), o casal informou que, após exames detalhados, os médicos identificaram um tumor no osso parietal, conhecido como granuloma eosinófilo, ou histiocitose de Langerhans. Até o momento, os indícios apontam que o tumor é benigno, e não haverá necessidade de tratamentos complementares, como quimioterapia.

O texto destaca que Yhudy está recebendo todos os cuidados necessários e que a família agradece o carinho e a preocupação recebidos neste momento delicado.

Yhudy recebeu alta hospitalar na segunda-feira (22) e segue se recuperando em casa, com acompanhamento médico.

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Qual foi o primeiro sintoma de Yhudy?

O alerta inicial para a doença foi uma dor de cabeça intensa que, ainda segundo o comunicado, motivou os pais a procurarem atendimento médico. "O diagnóstico ocorreu a partir de queixas de dores de cabeça apresentadas nos últimos dias”, escreveram.

Ao SBT News, o pediatra Paulo Telles, especialista da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica que esse é o sintoma mais frequente, "mas não é necessariamente o que mais persiste ou o que mais acontece".

"Também pode haver alterações na pele, no rosto, problemas respiratórios, dependendo de onde essas células se proliferam", alertou.

Entendendo a histiocitose de Langerhans

A histiocitose de Langerhans (HLH) é uma condição rara em que células de defesa do corpo, chamadas histiócitos, se multiplicam de forma desordenada e se acumulam em órgãos ou tecidos. É considerada uma neoplasia (doenças conhecidas como cânceres) por se tratar de uma multiplicação anormal de determinadas células do nosso corpo. A pediatra Anna Bohn, também da SBP, explica:

A histiocitose de Langerhans é mais comum em crianças do que em adultos e ocorre com maior frequência em meninos, entre um e quatro anos. Os histiócitos são células que fazem parte da 'tropa de proteção' do corpo. Na histiocitose, em vez de apenas proteger, elas podem causar inflamações e formar lesões que prejudicam o funcionamento normal de ossos, pele e até órgãos internos", afirma.

Algumas lesões podem atingir glândulas, como a glândula pituitária, localizada no cérebro, podendo causar alterações hormonais.

A causa da doença ainda não está totalmente esclarecida. "Pesquisas indicam que pode haver uma alteração genética em algumas dessas células de defesa, que faz com que elas cresçam mais do que deveriam", enfatiza.

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Principais sintomas

Os sinais da histiocitose podem variar bastante, pois dependem de onde essas células estão se acumulando. Entre os mais comuns estão:

  • dor de cabeça;
  • dor óssea que não melhora ou aparece sem motivo claro;
  • aparecimento de caroços, especialmente no crânio, costelas ou ossos longos;
  • manchas, feridas ou erupções na pele;
  • queda precoce dos dentes, especialmente em crianças pequenas sem relação com a idade;
  • febre prolongada;
  • perda de peso;
  • cansaço ou aumento do fígado e do baço;
  • otites (infecção de ouvido) que não melhoram com tratamento.

O diagnóstico depende dos sintomas, que podem variar conforme a evolução do quadro, ou seja, da rapidez com que os sinais aparecem e do local onde a doença se instala, já que ela pode afetar diferentes órgãos.

"É sempre feito através de biópsia, e de exames de imagem, ressonância magnética, é o exame mais indicado para a gente fazer", pontua o pediatra Paulo Telles.

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Tratamento e prognóstico

O tratamento depende da gravidade e da extensão da doença. Alguns casos são localizados e podem regredir sozinhos, enquanto outros exigem medicamentos como corticoides, quimioterapia leve ou terapias modernas.

"O prognóstico vai variar muito de caso em caso, conforme o tratamento. Alguns casos até são autolimitados, mas geralmente no cérebro pode ser um pouco mais agressivo", comenta Telles.

A pediatra Anna Bohn destaca a existência de protocolos internacionais bem estabelecidos: "Muitas crianças respondem muito bem ao tratamento, levando uma vida saudável com boa chance de cura, principalmente se o diagnóstico precoce for feito."

No caso de Yhudy, a cirurgia removeu o tumor localizado, e não há previsão de tratamentos adicionais, segundo a família. O foco agora é a recuperação em casa, com acompanhamento médico próximo.

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