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Saúde

Gripe aviária: Camboja confirma morte de pessoa pela doença nesta quarta-feira (28)

Quatro pessoas morreram no país asiático; no mundo, há 8 mortes registradas em 2025; no Brasil não há casos registrados em humanos

Imagem da noticia Gripe aviária: Camboja confirma morte de pessoa pela doença nesta quarta-feira (28)
Vírus H5N1 foi identificado em uma granja comercial do RS | OPAS
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O Ministério da Saúde do Camboja confirmou, nesta quarta-feira (28), a quarta morte provocada pela gripe aviária H5N1 no país em 2025. A vítima mais recente é uma criança de 11 anos, moradora de uma aldeia na província de Kampong Speu, que apresentou febre alta, tosse, cansaço extremo e dificuldade respiratória severa. Ela chegou a ser hospitalizada, mas não resistiu.

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O vírus foi identificado por exames realizados pelo Instituto Pasteur do Camboja. Segundo a pasta, aves domésticas, como galinhas e patos, apresentaram sinais de doença e morreram nos arredores da casa da criança dias antes do início dos sintomas. As autoridades investigam a origem da infecção e monitoram possíveis casos entre pessoas próximas.

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A primeira morte no país asiático foi de um homem de 28 anos, em janeiro. Em fevereiro e março, duas crianças pequenas também morreram após contato com aves infectadas.

A nova morte eleva para oito o total de vítimas fatais da gripe aviária neste ano no mundo. Além dos casos no Camboja, os Estados Unidos registraram a morte de um idoso em janeiro, após contato com aves domésticas e silvestres. Já em abril, foram confirmados dois óbitos: o de uma menina de três anos no México, o primeiro caso fatal na América Latina, e o de uma criança de dois anos na Índia, que teria ingerido frango cru, segundo familiares.

Casos humanos ainda são raros

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 22 de abril foram registrados 10 casos de infecção humana por H5N1 em 2025 — número que ainda não inclui a morte mais recente no Camboja nem a dos EUA, infectado em 2024.

Entre 2023 e 2025, o mundo contabilizou 973 casos da doença em humanos, com 470 mortes. No entanto, os casos recentes têm sido mais brandos. Entre 2020 e 2024, foram 102 infecções e 10 óbitos.

No Brasil, o vírus foi identificado pela primeira vez em aves silvestres em maio de 2023. Em maio de 2025, foi detectado em uma granja comercial de Montenegro (RS), mas sem registros de infecção humana até agora.

"Não existe risco de uma pandemia"

A gripe aviária é causada pelo vírus H5N1, um subtipo do vírus influenza A. Conhecida por sua alta capacidade de provocar surtos letais em aves, a IAAP já circula globalmente desde 2006, com maior incidência na Ásia, África e norte da Europa.

De acordo com o infectologista Marcelo Neubauer, apesar de ser parecido com o vírus da gripe, ele é pouco comum entre os seres humanos.

"Não existe um risco de uma epidemia grande ou uma pandemia", pontua.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também destacou que o risco de infecção em humanos é considerado baixo. Casos de contaminação geralmente envolvem profissionais com contato direto e prolongado com aves infectadas, como tratadores e trabalhadores de granjas.

"Em sua maioria, [a infecção humana] ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)", informa a pasta. O Mapa também garantiu que não há necessidade de restrições alimentares. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados.”

Como se prevenir?

Para a população em geral, os principais cuidados incluem:

  • Evitar contato com aves silvestres ou doentes, especialmente em regiões com focos confirmados;
  • Não manipular aves mortas ou com sintomas sem proteção adequada;
  • Lavar bem as mãos após contato com animais ou ambientes rurais;
  • Consumir apenas produtos de origem animal inspecionados e certificados.
  • Profissionais do setor avícola devem seguir os protocolos de biossegurança, como uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e desinfecção de instalações.
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