Alopecia androgenética: entenda condição que afeta Xuxa
Apresentadora diz que, com pouco cabelo, tem vontade de "passar máquina zero"
Wagner Lauria Jr.
A apresentadora Xuxa Meneghel revelou que enfrenta alopecia androgenética, condição que provoca a queda progressiva dos fios de cabelo (saiba mais abaixo). Durante participação em um programa no canal GNT, Xuxa também mencionou o impacto da condição em sua autoestima.
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"Minha mãe ficou careca, eu tenho as entradas, tenho pouco cabelo, sou bem carequinha. Minha vontade é realmente de passar máquina zero, mas acho que as pessoas vão ficar assustadas", disse a apresentadora.
Xuxa também revelou que faz uso de medicamentos para tentar conter a queda dos fios. "Eu queria parar com esse negócio, porque eu tomo remédio para não cair, mas não vai ter jeito, eu vou ficar carequinha."
O que é a alopecia androgenética?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia androgenética, conhecida popularmente como calvície, é uma condição comum que afeta tanto homens quanto mulheres, embora seja mais frequentemente associada ao público masculino. Trata-se de um afinamento capilar geneticamente determinado, que pode acometer pessoas de qualquer idade.
Os sinais de quedas que podem estar associados à condição são: número de fios caídos diariamente superar a marca de 150 e se isso for acompanhado de dor ou sensibilidade no couro cabeludo, segundo o Hospital Albert Einstein.
Geralmente, a queda e o afinamento capilar afetam as regiões posterior e lateral do couro cabeludo e preservam a região occipital (na nuca).
O diagnóstico pode incluir prova da tração, onde o dermatologia passa os dedos pelo cabelo do paciente para verificar a quantidade de fios que saem com facilidade de seu couro cabeludo, e dermatoscopia do couro cabeludo, realizado com um equipamento que tem uma lente de aumento associada à luz polarizada e permite enxergar a raiz dos fios.
Segundo Violeta Tortelly, coordenadora do Departamento de Cabelos da SBD, a condição ocorre devido à predisposição genética que faz com que os hormônios atuem sobre os fios, afinando-os progressivamente ao longo dos anos. "A principal queixa das mulheres é o cabelo mais ralo no topo da cabeça. Já nos homens, a perda é mais visível, com o surgimento de entradas e rarefação na coroa", exemplifica.
Tem tratamento?
O tratamento da alopecia androgenética tem como principal objetivo estagnar a queda e, em alguns casos, recuperar parte da densidade capilar perdida. Segundo Violeta, houve avanços significativos nos últimos anos. "Os tratamentos evoluíram bastante. As medicações orais, por exemplo, têm oferecido resultados cada vez mais eficazes", explica.
Entre as opções terapêuticas, os medicamentos orais são considerados a principal linha de tratamento, por apresentarem bons resultados a longo prazo.
Já os tratamentos injetáveis são utilizados em casos específicos e costumam ser mais caros, sendo recomendados apenas como complemento. "É fundamental que os pacientes procurem um dermatologista para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado", reforça a especialista.
Nos casos mais avançados, em que o tratamento não apresenta mais eficácia, o transplante capilar pode ser uma alternativa viável para restaurar a densidade capilar e melhorar a aparência do couro cabeludo.
Prevenção e cuidados
Embora a alopecia androgenética tenha origem genética e não possa ser completamente evitada, fatores como menopausa e uso de hormônios masculinos podem acelerar a progressão da condição. Além disso, hábitos saudáveis e o uso de produtos adequados podem ajudar a minimizar o impacto da queda capilar.
"Essa é uma condição comum que pode afetar a autoestima de quem a enfrenta. A boa notícia é que, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado, é possível controlar seus efeitos e garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes", conclui Violeta.
Buscas por Alopecia com tendência de alta no Google
O interesse de busca por Alopecia apresentou um pico de buscas no Google Brasil, no dia 1º fevereiro, na comparação com os últimos 90 dias. Os dados são do Google Trends.