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Saúde

Crianças podem espalhar a Covid-19 com maior facilidade, mostra estudo

Carga viral do Sars-CoV-2 encontrada nas vias áreas dos pequenos superava a de adultos internados em UTIs

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Crianças podem espalhar a Covid-19 com maior facilidade, mostra estudo
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Um estudo conduzido por 30 pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que a carga viral do novo coronavírus em crianças infectadas é muito mais alta do que se imaginava, elevando o risco de os pequenos disseminarem a Covid-19. O trabalho foi publicado no Journal of Pediatrics nesta quinta-feira (19).

Para fazer a descoberta, os autores analisaram secreções obtidas do nariz e garganta, por meio de cotonetes, e amostras de sangue de 192 pessoas com idades entre 0 e 22 anos, dentre as quais 49 crianças com Covid-19 e outras 18 com alguma doença relacionada a infecção prévia por Sars-CoV-2.

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As vias aéreas dos pequenos que testaram positivo para o novo coronavírus, mesmo em casos assintomáticos ou de sintomas leves, continham uma quantidade de patógeno superior à observada em adultos internados em UTIs para tratamento de Covid-19. "Você pensa em um hospital e em todas as precauções tomadas para tratar adultos gravemente enfermos, mas as cargas virais desses pacientes hospitalizados são significativamente mais baixas do que uma 'criança saudável' que anda por aí com uma alta carga viral de Sars-CoV-2", pontuou Lael Yonker, principal autora do estudo.

Pensando no retorno das atividades presenciais em escolas, os pesquisadores recomendam não confiar apenas na medição da temperatura corporal ou no monitoramento dos sintomas para identificar a infecção por Sars-CoV-2. Para que a retomada das aulas aconteça de forma segura, eles ressaltam a importância de medidas como o distanciamento social, o uso de máscaras por todas as pessoas, lavar as mãos e alternar atividades no local e à distância. Na visão dos autores do estudo, "se as escolas fossem reabertas totalmente sem as precauções necessárias, é provável que as crianças desempenhem um papel maior nesta pandemia".
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