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Cirurgias de câncer feitas sem necessidade é fachada para fraude milionária

As suspeitas indicam que aproximadamente 80% dos procedimentos realizados pelo Hospital de Cáceres acobertavam um esquema de desvio de dinheiro.

Cirurgias de câncer feitas sem necessidade é fachada para fraude milionária
Cirurgias de câncer feitas sem necessidade é fachada para fraude milionária
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Uma auditoria do SUS concluiu que cerca de vinte por cento das cirurgias feitas em pacientes com câncer no Hospital de Cáceres, em Mato Grosso, não eram necessárias, e foram feitas sem exames prévios que constatassem a gravidade da doença. 

 

A realização das operações, além de gerar um sofrimento desnecessário aos pacientes, já que muitos nem sempre eram portadores da doença, ainda revela uma fraude de quase cinco milhões de reais.

 

As cirurgias oncológicas realizadas no centro de atendimento estão sob suspeita após uma investigação interna feita, a pedido do Governo do Estado do Mato Grosso, pelo Sistema Único de Saúde

 

O documento conclui que, das trezentas e cinquenta e oito operações de câncer executadas, num período de cinco anos, apenas sessenta e nove foram realmente classificadas como oncológicas

 

O relatório ainda afirma que esses procedimentos foram feitos em pacientes cujos exames constatavam a ausência de malignidade. Além disso, também foram realizadas quimioterapias sem a autorização para procedimentos de alto custo.

 

No período das investigações, o Hospital Cáceres era administrado pela Congregação Santa Catarina, uma entidade social de saúde.

 

De acordo com a auditoria do SUS, que compreende os anos de 2012 a 2017, a empresa MMS Serviços Médicos, contratada pela Congregação Santa Catarina para prestar serviços médicos ao Hospital, recebeu cerca de treze milhões de reais

 

Do valor angariado, quatro milhões e novecentos mil são provenientes de procedimentos médicos que não possuem nota fiscal ou qualquer tipo de registro que comprove a patologia do paciente. 

 

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso declara que abriu duas sindicâncias para analisar a conduta de dezesseis médicos envolvidos nas denúncias. 

 

A Polícia Civil de Cáceres também instaurou um inquérito para apurar as suspeitas.

 

Sócio da MMS Serviços Médicos, o oncologista Eduardo Marques nega as acusações de fraude. 

 

Já a associação Congregação Santa Catarina afirma que está colaborando com as investigações

 

 

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