STJ implementa Inteligência Artificial para ajudar na análise de petições
Magistrados dizem que a ferramenta chega para agilizar e facilitar o processo, sem afastar juízes e ministros da tarefa

Catielen de Oliveira
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lançou, nesta terça-feira (11), o STJ Logos, uma inteligência artificial generativa, uma espécie de "ChatGPT jurídico". De acordo com o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, a ideia é que a ferramenta agilize e facilite o processo de análise de petições.
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"Recebemos petições de 200 páginas. Eu já recebi uma petição de quase 500 páginas. Então, só um sistema de inteligência artificial generativa pode fazer esse tipo de trabalho rapidamente em questão de segundos", justificou Benjamin. Só em 2024, pelo menos 700 mil decisões foram emitidas por juízes e ministros, uma a cada 4 minutos e meio, de acordo com o presidente do STJ.
Entre as funções que podem ser desempenhadas pela ferramenta estão a geração de relatórios, análises de petições, elencamento de argumentos citados nas peças jurídicas. A ferramenta também pode sanar eventuais dúvidas jurídicas. Os magistrados devem receber um treinamento para o manuseio da tecnologia.
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O Tribunal garante que a ferramenta não substitui o trabalho dos juízes. "Não vamos passar por um sistema de decisões mecânicas que dispensam a presença do juiz. O oposto: queremos que o juiz tenha um protagonismo maior com base no apoio trazido pela tecnologia", afirma o ministro.