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Senado avalia nome de Galípolo para presidência do Banco Central após eleições

Em derrota ao governo, plenário votará indicação em 8 de outubro. Data de sabatina ainda será definida

Senado avalia nome de Galípolo para presidência do Banco Central após eleições
Gabriel Galípolo, atual Diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado por Lula para presidir a autarquia | Pedro França/Agência Senado
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O possível futuro presidente do Banco Central só será confirmado ao cargo após as eleições municipais. A avaliação do nome de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC e indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cargo, ficou marcada para o dia 8 de outubro.

+ Galípolo inicia rodada de visitas a senadores em busca de apoio à indicação ao Banco Central

Antes disso, será necessária uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos. A data ainda não foi definida, mas há expectativa de que a etapa também fique para depois do período eleitoral.

O adiamento da avaliação de Galípolo contrariou os planos do governo Lula. A intenção do Executivo era alcançar apoio e confirmar o nome do diretor antes das eleições, para trazer novas perspectivas ao mercado.

O atual presidente do Banco Central é Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele tem uma postura mais conservadora economicamente, como em relação ao manter em alta a taxa de juros. Atualmente, a Selic está na casa dos 10,5% ao ano.

O governo quer diminuir essa taxa e aposta que a troca de comando no BC pode contribuir com o processo. Mesmo com uma eventual aprovação do nome de Galípolo, a mudança só ocorreria oficialmente no ano que vem. Ainda assim, a avaliação é de que a posição dele, mesmo antes de tomar posse, poderia influenciar discussões e trazer perspectivas.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, confirmou ter recebido oficialmente a indicação do nome na sessão desta quarta-feira (4), e fez o envio à Comissão de Assuntos Econômicos - que fará a sabatina. A escolha para depois da eleição, segundo ele, se dá pelo período em que o Senado está mais vazio.

“Estamos fazendo esse esforço concentrado de votações no Senado, mas é um período de processo eleitoral, como acontece em todos os anos eleitorais. Há uma dificuldade em setembro para reunirmos aqui um melhor e maior quórum no plenário do Senado Federal. Tanto proposições mais relevantes quanto indicações dessa natureza que dependem de um quórum”, declarou Pacheco antes de confirmar a votação em 8 de outubro.

O presidente do Senado também disse que a data da sabatina será definida pelo presidente da comissão, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). O congressista ainda não confirmou a data. De outro lado o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que defendia a sabatina e votação na próxima semana, lamentou a decisão.

“Evidente que o próprio mercado e vou me arriscar que o próprio presidente do Banco Central sabem da importância da gente sinalizar ao mercado quem vai conduzir a política monetária brasileira. Ele já foi indicado, mas depende da aprovação desta Casa. Eu sinto que o nome é um nome que não cria, em princípio, arestas com ninguém. Se dependesse da vontade do líder do governo, eu pediria a vossa excelência para fazê-lo até antes das eleições”, afirmou Wagner. O líder ainda disse entender a escolha por outra data.

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