Ministério elabora plano para atendimento de saúde mental no Rio Grande do Sul
Documento deverá ser divulgado nos próximos dias e vai trazer balizas como a comunicação adequada sobre a tragédia provocada pelas fortes chuvas
O Ministério da Saúde está elaborando um plano para atendimento de saúde mental no Rio Grande do Sul, informou nesta segunda-feira (13) a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
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De acordo com a Secom, o documento será divulgado nos próximos dias e terá três eixos, sendo um totalmente focado na população, outro que cuidará da saúde mental dos trabalhadores que estão atuando na tragédia causada pelas fortes chuvas, e outro com diretrizes para os gestores do RS e dos municípios — para poderem estabelecer uma rede de atendimento continuada.
O mais recente balanço da tragédia divulgado pela Defesa Civil gaúcha mostra que há 147 mortes confirmadas e 127 pessoas desaparecidas. As fortes chuvas atingiram 447 municípios gaúchos e deixaram mais de 617 mil pessoas fora de suas casas.
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No último sábado (11), mais quatro psicólogos enviados pelo Ministério da Saúde para atuar nos atendimentos da população do estado chegaram a Porto Alegre. A pasta tem disponibilizado atendimento psicossocial no RS desde o começo da tragédia. O trabalho é realizado por equipes volantes em unidades médicas e abrigos.
De acordo com o coordenador da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), Fausto Soriano Estrela Neto, o plano para atendimento de saúde mental vai trazer balizas como a comunicação adequada sobre a tragédia, o atendimento indicado para crianças, idosos e pessoas em vulnerabilidade social e comunicação de massa. O plano também estruturará os canais de informação para as pessoas solicitarem ajuda. A telessaúde será utilizada.
"Temos um colapso na estrutura de saúde do Rio Grande do Sul, que foi destruída pela enchente. Estamos concluindo a análise de onde temos comunicação e como podemos usá-la. Uma das camadas é telegestão, teleatendimento, teleconsulta e tele-educação para chegar a um público maior", pontua Fausto.