Djavan, Caetano, Chico e Gil compartilham raro registro antes de apresentação em ato contra PEC da Blindagem
Cantores se reúnem neste domingo (21), no Rio de Janeiro; em vídeo compartilhado por Djavan, os quatro cantam "Linha do Equador"
Hariane Bittencourt
Um vídeo publicado neste domingo (21) pelo cantor Djavan mostra um raro e simbólico momento para a música brasileira. No registro, o cantor aparece acompanhado de Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil. Os quatro cantam, juntos, a música "Linha do Equador", instantes antes de participarem do ato contrário à PEC da Blindagem em Copacabana, no Rio de Janeiro.
No registro, que mostra a presença de outros músicos, Djavan aparece comandando a canção composta por ele e por Caetano na década de 1990. Ao lado de Chico Buarque, eles são acompanhados no violão por Gilberto Gil. Os internautas se emocionaram com o vídeo e compartilharam uma série de mensagens enaltecendo o encontro. Assista:
Os ícones da Música Popular Brasileira (MPB) se apresentam, gratuitamente, em um trio elétrico que passeia pela orla da Praia de Copacabana. O encontro marca um dos momentos mais aguardados dos protestos, no Rio de Janeiro, contra o avanço da Proposta de Emenda à Constituição. O texto, bastante impopular, busca aumentar a proteção de deputados e senadores perante a Justiça.
Os atos, que acontecem em mais de 20 capitais brasileiras, também são contrários ao PL da Anistia, agora também conhecido como PL da Dosimetria. O projeto de lei, que pode ser votado nesta semana, propunha originalmente o perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Agora, o relator da matéria, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tem dito que seu relatório não vai focar na anistia, mas sim na revisão das penas impostas aos condenados por atos considerados golpistas.
Quanto à PEC da Blindagem, o texto foi aprovado pelos deputados na semana passada e, agora, será submetido à análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O texto deve ser o primeiro a ser discutido pelo colegiado na sessão de quarta-feira (24), sob a relatoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que já afirmou ser contrário ao texto.
