Desaprovação de Lula sobe e atinge 57%, diz pesquisa Genial/Quaest
Aprovação ficou em 40%, menor índice desde que levantamento começou; dados também mostram percepção sobre economia, fraudes no INSS e impasse do IOF
Felipe Moraes
A desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu em maio e atingiu 57%, segundo dados de nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4). É o maior percentual desde que levantamento começou a ser realizado, em junho de 2023.
A aprovação desceu ao menor patamar na série histórica da pesquisa, chegando a 40%. Ambos os dados variaram dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais: desaprovação saiu de 56% em março para 57% em maio; e aprovação, de 41% para 40%. Grupo de quem não sabe ou não respondeu se manteve em 3%.
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A Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas de 16 anos ou mais entre os dias 29 de maio e 1º de junho. Segundo pesquisadores, nível de confiança é de 95%.
Na avaliação geral do governo Lula 3, não houve variação fora da margem de erro: quem avalia como negativo cresceu de 41% para 43%; regular caiu de 29% para 28%; positivo, de 27% para 26%.
Aprovação e desaprovação: por região, sexo, faixa etária e religião
O levantamento também reúne dados de aprovação e desaprovação por diversos recortes, como região do Brasil, faixa etária e religião.
A maior aprovação continua sendo no Nordeste, subindo de 52% em março para 54%. Desaprovação mais acentuada é no Sudeste, saindo de 60% para 64%. No Sul, caiu dentro da margem de erro, de 64% para 62%. Centro-Oeste e Norte são avaliadas juntas e registraram alta de três pontos percentuais (p.p.), de 52% para 55%.
Pouco mudou na percepção de mulheres e homens sobre o presidente Lula, com variações dentro da margem de erro. Entre elas, desaprovação saiu de 53% para 54; aprovação, de 43% para 42%. Entre eles, desaprovação (59%) e aprovação (39%) não mudaram.
Por faixa etária, destaca-se a melhora na avaliação entre jovens (16 a 34 anos): desaprovação caiu quatro pontos (de 64% para 60%) e aprovação subiu quatro pontos (33% para 37%). Já entre quem tem entre 35 e 59 anos, desaprovação subiu cinco pontos (de 54% para 59%) e aprovação caiu seis p.p. (de 44% para 38%).
Na divisão por escolaridade, pessoas com ensino fundamental respondem pelo grupo com maior percentual de aprovação de Lula: 50%, com queda de três pontos em relação a março. Quase empate com quem desaprova (alta de 43% para 47%). Desaprovação é semelhante entre quem tem ensino médio completo (manteve-se em 61%) e ensino superior completo (desceu de 65% para 64%).
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No recorte por renda, aprovação segue maior entre quem ganha até dois salários mínimos (de 52% para 50%) e desaprovação continua destacada entre quem recebe mais de cinco salários mínimos (de 64% para 61%).
Já na avaliação por religião, entre católicos ou evangélicos, houve mudança inédita: desaprovação (de 49% para 53%) superou aprovação (de 49% para 45%) pela primeira vez entre católicos desde início desse detalhamento da pesquisa, em julho de 2024. Rejeição segue acima de 60% entre evangélicos, caindo um ponto (de 67% para 66%).
Comparação com Bolsonaro, economia, fraudes no INSS e impasse do IOF: veja outros gráficos
