Maioria do Senado vota ´sim´, e Dilma vira ré no processo de impeachment
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Com um atraso de quase uma hora, a sessão teve início por volta das 10h. Ao assumir o comando, Ricardo Lewandowski, que preside o processo de impeachment, falou sobre a responsabilidade dos senadores e disse que eles iriam exercer "uma de suas mais graves competências". Durante a terça-feira (9), aliados de Dilma chegaram a pedir para que Lewandowski suspendesse o processo, o que foi negado. Por cerca de 20 horas, os senadores analisaram o parecer da comissão especial do impeachment, que recomendou que a presidente afastada Dilma Rousseff fosse levada a julgamento final, e o resultado saiu na manhã desta quarta-feira: 59 votaram a favor do julgamento e 21, contra.
ÚLTIMO ATO
O julgamento final ocorrerá entre o fim de agosto e o início de setembro, com duração de aproximadamente uma semana. Ao final do processo, os senadores vão responder se a presidente afastada Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade durante o mandato. Caso dois terços votem a favor do impeachment, Dilma é destituída do cargo e fica impossibilitada de exercer funções públicas por 8 anos. Assim, Michel Temer assume definitivamente até o fim de 2018. Se Dilma for absolvida, o afastamento é revogado e ela reassume. Em uma conta simples, caso todos os senadores compareçam à sessão, pelo menos 54 precisam votar a favor da condenação para que o impeachment seja consumado.
DENÚNCIA
Segundo o pedido dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, para cumprir as metas orçamentárias, a presidente Dilma Rousseff realizou as tão faladas 'pedaladas fiscais'. Eles afirmam que o Tesouro Nacional atrasou repasses para bancos que financiam despesas do governo, como o Bolsa Família e o seguro-desemprego. Porém, os beneficiários receberam em dia, já que os bancos assumiram o pagamento desses programas sociais. Diante disso, o governo até teve um alívio passageiro no orçamento, mas viu a dívida com os bancos crescer.
Ainda de acordo com o pedido, os juristas dizem que seis decretos foram editados em 2015, o que resultou na abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso. Assim, a presidente Dilma Rousseff ampliou os gastos em 2,5 bilhões de reais