Especialistas divergem sobre uso de farda do Exército por Mauro Cid na CPMI
Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ficou em silêncio durante quase todo o depoimento
SBT News
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid compareceu à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro vestindo uma farda do Exército Brasileiro por orientação da própria instituição. Especialistas em defesa e militares ouvidos pelo SBT News divergem sobre o assunto.
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Em participação no programa Poder Expresso, o editor-chefe do SBT News, Leonardo Cavalcanti, explicou essa divergência de opiniões. "Falei com alguns militares e especialistas. Algumas pessoas dizem que ele de fato deveria estar fardado. Mas outras dizem que isso é problema para o Exército. Porque puxa simbologia para a farda de uma pessoa que está presa, investigada, acusada de vários crimes e defendida por parte da oposição", disse o jornalista.
Cavalcanti lembrou que Cid "não está ali representando a instituição brasileira". "Ele é uma pessoa ligada ao bolsonarismo. Quem o visitou na prisão foram pessoas ligadas ao bolsonarismo", complementou.
"A gente não pode dizer o que o exército está investigado", ponderou Cavalcanti. "O exército foi a primeira força a de fato aderir ao projeto de Bolsonaro. O Mauro Cid foi um faz-tudo de Bolsonaro. E é no mínimo curiosa essa presença dele fardado na comissão", continuou o editor.
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