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Política

Arcabouço fiscal: Haddad se reúne com Lira e líderes do governo

Ministro quer que proposta ganhe apoio da Câmara e do Senado antes do envio do texto ao Congresso

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está reunido com o presidente da Câmara, Arthur Lira
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tarefa de discutir o novo arcabouço fiscal com líderes da Câmara e do Senado, antes mesmo de o teor do documento ser divulgado. A estratégia é fazer com que a proposta ganhe apoios importantes antes de o texto chegar às duas casas.

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A tarefa já começou a ser cumprida nesta 2ª feira (20.mar). O ministro está reunido com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) na Residência Oficial neste momento. Mais cedo, o chefe da pasta se encontrou com os representantes Congresso Nacional, José Guimarães (CE) e Jaques Wagner (BA).

Como noticiou o SBT News, Haddad entregou o novo arcabouço fiscal para o presidente Lula na última 6ª feira. O documento substitui o antigo teto de gastos e é avaliado como a principal preocupação do governo neste primeiro trimestre. 

O documento é muito aguardado pelo mercado financeiro e Haddad disse não saber se o presidente divulgará o resultado da reunião, assim como o conteúdo do texto, antes da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que acontece a partir desta terça-feira (21.mar). O presidente antecipou aos jornalistas que pretende fazer isso antes da viagem dele à China, marcada para a próxima 6ª feira (24.mar).

O ministro assegurou que a nova âncora fiscal é um conjunto de regras simples e que por isso um texto final pode ser elaborado em pouco tempo, para transformá-la em projeto de lei. "Ele [Lula] precisa validar o desenho para a gente poder redigir. Isso faz em 24 horas", disse.

"É um desenho novo, consistente, que o presidente tem que validar", concluiu.
A chamada nova âncora fiscal está sendo apresentada porque a Emenda Constitucional da Transição, que liberou do teto de gastos R$ 145 bilhões do Bolsa Família e até R$ 23 bilhões em investimentos caso haja excesso de arrecadação, estabeleceu a obrigação de o governo enviar um projeto de lei complementar que substitua o teto de gastos até agosto.
 

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