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"Lula tem que ser hábil em conciliar o Brasil", diz líder do governo Bolsonaro

Para Ricardo Barros, governabilidade depende das alianças e do convencimento de Lula no Congresso

"Lula tem que ser hábil em conciliar o Brasil", diz líder do governo Bolsonaro
Ricardo Barros
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O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta 2ª feira (31.out), em entrevista ao SBT News, que a polarização política deve atrapalhar a articulação do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, mas afirmou que a governabilidade vai depender da habilidade do petista de "conciliar a nação". 

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"O maior desafio é a capacidade de formar opinião pública sobre o clima de harmonia e união no Brasil. Porque o Congresso é muito sujeito à opinião pública. Os paramentares têm uma base que o elegeram. Se essa base não concorda com o movimento, os parlamentares têm dificuldade de acompanhar", avaliou Barros. 

Indagado se a eventual dificuldade poderá ser maior no primeiro ano do governo Lula no Congresso, o líder afirmou que "depende da habilidade que tenha o presidente eleito de conciliar a nação". Barros lembrou que o resultado das urnas neste domingo (30.out) mostrou que o Brasil saiu dividido "meio a meio, e dentro desse meio a meio, uma grande parte de radicais de um lado e de outro".

Ainda sobre a polarização política, Ricardo Barros ponderou que, com o tempo, os parlamentares deverão cooperar, mas lembrou que isso só será feito se as bases concordarem. "O deputado não vai brigar com sua base eleitoral para ser governo aqui, porque depois não se elege mais. Portanto é uma construção, que parece que pelo nível de polarização que isso vai demandar um tempo de transição", disse. 

Sobre a quantificação desse tempo, Barros afirma que só os próximos meses dirão: "Está nas mãos do governo ser eficaz na conciliação. Criar um clima de união nacional e tentar recompor. Se não houver, haverá dificuldade de mudança de posição dos parlamentares".

"A bola tá com ele [Lula], ele que tem que ser hábil em conciliar o Brasil, harmonizar. Ele falou no discurso que não existem dois Brasis, mas para que isso cheguei lá na ponta, né. Você vê que os caminhoneiros estão aí se mobilizando. É difícil. Não é simples porque o nível de polarização da campanha foi muito alto. Então me parece que a transição também será longa por conta de acalmar esses ânimos", apontou o líder do governo na Câmara.

+ TCU cria comitê para acompanhar transição no governo federal

Orçamento secreto

Durante campanha eleitoral, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o fim das chamadas emendas de relator -- o chamado orçamento secreto. Atualmente ele é um dos principais mecanismos do governo para aprovar pautas no parlamento. As emendas são distribuídas por critérios políticos, sem transparência e a liberação costuma ser negociada entre as cúpulas da Câmara e do Executivo. 

Indagado sobre o possível fim da prática, já sinalizado por Lula, Ricardo Barros foi categórico: "Ele vai ter que negociar isso aqui com o Congresso, mas eu não vejo possibilidade do parlamento recuar nessa questao. Pode acontecer algum ajuste para que fique razoável entre as partes, mas não vai acabar. Nem tudo o que ele defendeu ele vai conseguir aprovar aqui, como o presidente Bolsonaro também não conseguiu aprovar todas as suas pautas conservadoras".

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