José Serra é alvo de novas buscas em desdobramento da Lava Jato sobre caixa 2

Na manhã desta terça-feira (21), o Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF), deflagraram a Operação Paralelo 23, em Brasília e São Paulo. A ação é um desdobramento da terceira fase da Lava-Jato.

Ao todo são quatro mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão contra suspeitos de terem sido contratados para organizar o recebimento de doações eleitorais não contabilizadas por uma empresa de plano de saúde.

Entre os endereços está um apartamento funcional do ex-governado de São Paulo, José Serra (PSDB), além de seu gabinete no Senado Federal. A Justiça investiga possíveis doações o empresário José Seripieri Filho, o Júnior, fundador e ex-presidente da Qualicorp, para a campanha de Serra, em 2014. Júnior teve a prisão preventiva decretada.

A investigação aponta indícios do recebimento de cerca de R$ 5 milhões pelo senador, sem registros.

Em nota oficial, emitida pela assessoria de impensa, Serra diz que foi surpreendido "com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal".

"A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa, na qual, ressalte-se, José Serra jamais foi ouvido. José Serra lamenta a espetacularização que tem permeado ações deste tipo no país, reforça que jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral", diz o comunicado.