Política
TSE volta a julgar ações que podem cassar chapa de Bolsonaro
O pedido alega que hackers invadiram grupos de oposição ao presidente no Facebook e que isso beneficiou a chapa na eleição de 2018
SBT News
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, agendou para a sessão da próxima terça-feira (9) o julgamento de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que investigam possíveis ataques onlines a grupos de Facebook, beneficiando a campanha eleitoral do então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) e de seu candidato à vice-presidência, Hamilton Mourão (PRTB), durante as Eleições de 2018.
As ações começaram a ser julgadas em novembro de 2019, quando o relator das ações, ministro Og Fernandes, votou para que elas fossem arquivadas. O ministro Edson Fachin pediu vista dos processos, para melhor análise. Agora, o julgamento será retomado.As ações foram apresentadas pela coligação Unidos para Transformar o Brasil (Rede/PV) e Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima, e pela coligação Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil (Psol/PCB) e Guilherme Castro Boulos, e alegam que, em setembro de 2018, o grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" foi atacado virtualmente, incluindo a troca do nome para `"Mulheres COM Bolsonaro #17" e várias postagens a favor do até então candidato.
Os autores ainda argumentam que a mensagem "Obrigado pela consideração, mulheres de todo o Brasil!" foi publicada no perfil oficial de Bolsonaro no Twitter, além de uma foto da página do grupo modificada, que poderia indicar a participação ou, pelo menos, conhecimento da ação.
Entretanto, para os ministros, não há provas fortes o suficiente que indiquem a autoria ou que comprovem a invasão da página. Ainda pontuaram que o fato da ação ter durado por menos de 24 horas não poderia causar um grande impacto nas eleições, de forma que a cassação não deverá ocorrer.
O TSE ainda informou que existem outras quatro ações que pedem a cassação a chapa, elas apuram o uso de disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp durante a campanha eleitoral e que teriam influenciado na eleição. Estes casos ainda devem ser levados ao plenário para julgamento. Og Fernandes, relator desses casos, deu o prazo de três dias a partir de 29 de maio, para os envolvidos se manifestarem.
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