Tragédia no RJ: Enterro de menino morto na Penha é marcado por tumulto
Populares cercaram e ameaçaram o pai da criança, que precisou fugir do cemitério; a polícia investiga diferentes versões do crime
SBT News
O corpo de Davi Delgado Magno, de quatro anos, foi sepultado neste sábado (14), no Cemitério de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro. O menino foi atingido por um tiro na cabeça, disparado por criminosos após uma briga familiar.
O funeral foi marcado por uma confusão envolvendo o pai da criança. Durante o velório, André Rosa Magno, pai de Davi, foi reconhecido por pessoas que estavam em uma capela próxima. Ao tentar se despedir do filho, ele foi cercado e teve que retornar para seu veículo.
O grupo de pessoas chegou a quebrar vidros do carro de André, que saiu às pressas do cemitério sob ameaças.
Carro de André, pai do menino Davi, deixando o cemitério com o vidro traseiro do quebrado por populares | Reprodução
A mãe da criança, Raquel Gomes Delgado, ressaltou que ela tem uma medida protetiva em vigor contra o ex-companheiro.
Diferentes versões sobre o crime
A polícia civil do Rio tenta entender as circunstâncias da morte do menino Davi, já que pai e mãe dão versões conflitantes sobre o caso.
O pai, André, diz que a mãe da criança acionou os criminosos para resolver uma discussão entre eles, mas ela nega. Os dois conversaram com o SBT Rio.
André Rosa Magno afirmou que os dois discutiram no último domingo (8) e Raquel Gomes Delgado saiu de casa no dia seguinte. Ela teria voltado na noite desta quinta, na companhia de quatro traficantes armados com fuzil.
Ainda na versão do pai, assustado, ele ligou para o advogado, que o orientou a deixar o local com o filho. André teria sido abordado pelos criminosos na garagem do prédio, tentou escapar e acabou atropelando um dos bandidos, que atiraram. Um dos disparos acertou a cabeça do menino, que estava no colo dele, no banco do motorista.
A mãe, Raquel, conta que estava separada de André há cerca de um ano e já havia alugado um outro imóvel na região para viver com o filho. Segundo a mulher, o ex-companheiro raptou o menino na segunda-feira (9) e começou a ameaçá-la, dizendo que ela não veria mais Davi.
Ela foi então até o Morro da Fé, onde o menino estava com o pai, e começou a gritar, pedindo que ele devolvesse a criança. Criminosos que estavam na região, teriam se aproximado e começaram a ameaçar o ex-companheiro dela, que tentou escapar.
