Tiroteio no Rio: escolas fechadas e moradores baleados durante operação policial
Troca de tiros no Complexo da Penha causa pânico, ferimentos e paralisação de instituições de ensino
Mais um conflito intenso entre polícia e criminosos no Rio de Janeiro resultou no fechamento de 16 escolas e no ferimento de dois moradores, um deles dentro de casa.
"A sensação é de que não há lugar seguro", disse um dos moradores. A troca de tiros entre policiais e traficantes aterrorizou um casal que estava dormindo. O homem foi baleado no rosto.
"O tiro começou, mas a gente 'tava' dentro de casa. Voltamos para a cama, só que o tiro passou de raspão na minha cabeça, e pegou no olho dele, vai perder a visão", disse a esposa da vítima.
O tiroteio aconteceu durante uma operação da Polícia Militar em três comunidades do Complexo da Penha.
"Queria chegar em casa e dormir, e não vou conseguir", disse um morador que também foi atingido de raspão na cabeça e teve que adiar o descanso após horas de trabalho.
Segundo os moradores, o tiroteio começou por volta das 5h, pegando muita gente de surpresa. A ação do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar tinha como objetivo encontrar armas e drogas, mas nenhuma apreensão foi feita. Enquanto os policiais tentavam avançar, as ruas ficaram vazias. Uma clínica da família e 16 escolas foram fechadas. Criminosos tentaram derrubar, a tiros, um helicóptero da PM.
Quem vive ou trabalha na região acredita que a área chegou ao limite da insegurança. "Todo dia tenho que ficar pedindo para o professor, porque está tendo tiroteio. é um risco à minha vida, e a grande maioria nem se importa. é cada um por si nessa situação", disse uma aluna da rede pública.