Testemunha diz que comerciante ajudou jovem a matar melhor amiga em Limeira (SP)
Família da vítima retoma busca por justiça após novas revelações sobre o crime
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Fabíola Corrêa
A investigação sobre o brutal assassinato de Vitória Garavello, de 20 anos, ganha um novo capítulo. A jovem foi morta pela própria melhor amiga, Bianca Gomes da Silva, que está presa. No entanto, familiares acreditam que Bianca não agiu sozinha.
Uma testemunha, que prefere não se identificar, afirmou que Fagner, um funcionário da tapeçaria onde o crime ocorreu, segurou Vitória contra o portão e a jogou no chão várias vezes. Além disso, há relatos de que o dono do estabelecimento teria puxado a jovem para dentro do imóvel logo após a agressão.
O SBT foi até Limeira, no interior de São Paulo, para buscar respostas. Vídeos gravados momentos antes do crime mostram Bianca e Vitória juntas, sorrindo e se abraçando. Pouco depois, o cenário mudou.
Discussão
De acordo com o boletim de ocorrência, as duas discutiram no local, e Bianca passou a agredir Vitória com pauladas. Quando a vítima já estava gravemente ferida, a agressora usou uma faca para atacar a amiga. Vitória morreu na calçada antes da chegada da polícia.
Após o crime, Bianca fugiu para a casa de uma irmã, mas foi localizada e presa em flagrante por homicídio qualificado. Durante a prisão, não demonstrou arrependimento e chegou a xingar a imprensa local.
A nova testemunha também relatou que, antes de morrer, Vitória teria dito: "Ela me deu uma facada", e que o dono da tapeçaria teria retirado a faca do corpo da vítima e limpado o local.
O comerciante prestou depoimento, mas apresentou contradições, levantando ainda mais suspeitas sobre sua participação no crime. Uma das amigas da vítima afirma que o local deveria passar por perícia com luminol para identificar vestígios de sangue.
A tapeçaria permanece fechada, e tanto o dono quanto o funcionário não foram mais vistos na região. Vitória Garavello tinha dois filhos, de três e um ano, e suspeitava estar grávida. Para sustentar a família, trabalhava em um lava-rápido.
Motivação desconhecida
A motivação do crime ainda é desconhecida. A irmã da vítima afirmou que as duas eram amigas de infância e que, apesar das brigas ocasionais, sempre se resolviam.
A família agora busca imagens de câmeras de segurança para esclarecer os detalhes do crime, mas enfrenta dificuldades, já que moradores da região têm medo de fornecer os registros. "Queremos justiça. Todos os envolvidos precisam pagar", afirmou uma amiga de Vitória.