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Polícia identifica responsável por alugar casa usada na execução de Ruy Ferraz em Praia Grande (SP)

O imóvel de Praia Grande foi alugado por Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, de 43 anos, que segue foragido

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A Polícia Civil descobriu quem alugou uma das casas utilizadas pela quadrilha responsável pela execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, no litoral paulista.

O crime aconteceu há 12 dias, em 15 de setembro, quando Ferraz, que atuava como secretário de Administração da cidade, foi perseguido por atiradores armados de fuzil ao sair da prefeitura.

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O imóvel de Praia Grande foi alugado por Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, de 43 anos, que teve a prisão temporária decretada na semana passada. Segundo a polícia, ele enviou Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, para buscar, na casa, uma das armas usadas no crime, que foi entregue em uma sacola em Diadema, na Grande São Paulo.

Luiz Antonio, que segue foragido, possui passagens por porte ilegal de arma, uso de documento falso e tráfico de drogas.

O dono da casa, William Silva Marques, de 36 anos, também foi preso, mas alegou desconhecer o crime, afirmando que apenas alugou o imóvel. As autoridades verificaram que a casa foi usada pelos criminosos apenas durante o fim de semana anterior à execução.

Além disso, a polícia descobriu que outro imóvel, em Mongaguá, distante 27 km de Praia Grande, serviu como quartel-general da quadrilha. A casa foi alugada inicialmente em 28 de agosto e renovada nos dias 13 e 14 de setembro.

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O responsável pelo aluguel foi identificado como Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, que também está foragido. Impressões digitais de Flávio foram encontradas em um carro destinado à fuga dos atiradores.

Ao todo, oito pessoas tiveram prisão decretada, sendo que quatro já foram presas e quatro continuam foragidas.

A investigação aponta que o crime teria sido motivado por negócios suspeitos de corrupção na prefeitura de Praia Grande, descobertos por Ruy Ferraz, e que a execução contou com participação direta da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

A perícia realizada nos imóveis identificou impressões digitais e material genético de envolvidos na logística e execução do crime, reforçando a complexidade da operação e a articulação da quadrilha para cometer o assassinato.

O caso

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado no dia 15 de setembro em Praia Grande, no litoral paulista. Câmeras de seguranças mostram o momento em que o carro em que ele estava tenta fugir de criminosos, mas bate em um ônibus. Em seguida, três homens armados com fuzis desceram de outro veículo e atiraram contra Fontes, que morreu no local.

Ruy Ferraz Fontes ganhou notoriedade no início dos anos 2000, quando, à frente da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), foi o primeiro delegado a investigar a atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado.

Graduado em Direito e pós-graduado em Direito Civil pela Faculdade de São Bernardo do Campo, iniciou a carreira como delegado titular na cidade de Taguaí. Ao longo da trajetória, passou por unidades como o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) e o Denarc (Departamento de Repressão ao Narcotráfico).

Em 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande, onde permanecia na atual gestão municipal iniciada em 2025.

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