Polícia Civil faz operação em investigação de morte após lipoaspiração no Rio
Mandados de busca foram cumpridos em bairros da capital e na Baixada Fluminense

Bianka Santos
Rubia Alpino
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) realizou na manhã desta quarta-feira (1°) uma operação para cumprir oito mandados de busca e apreensão em endereços de alvos ligados à morte de uma mulher de 28 anos, vítima de erro médico durante um procedimento estético em Campo Grande, na Zona Oeste. Marilha Menezes Antunes não resistiu após passar por uma lipoaspiração em uma clínica particular no dia 8 de setembro.
Os agentes da Delegacia do Consumidor atuaram em Irajá, Bonsucesso, Vista Alegre, Jardim América e Cascadura, na Zona Norte da capital, e em Mesquita, na Baixada Fluminense. Nessa fase final da investigação, o objetivo é encontrar novas provas para ajudar a esclarecer o caso.
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Relembre caso
Marilha Menezes Antunes ganhou de presente de aniversário uma lipoaspiração no Hospital Amacor. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), um dos órgãos da paciente foi perfurado, o que causou uma hemorragia interna.
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O médico responsável pela operação, José Emílio de Brito, foi preso no último dia 15. Ele não é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e já possui uma condenação por homicídio culposo, em 2008, além de responder a mais de 10 processos na Justiça. Agora, ele também é acusado de homicídio e falsidade ideológica.
Outras duas mulheres também haviam sido detidas anteriormente por crime contra as relações de consumo. A clínica onde ocorreu o procedimento foi interditada, após fiscalização apontar medicamentos vencidos até no carrinho de parada cardíaca usado no momento da morte da paciente.