Padrasto é preso por torturar enteado de 2 anos até a morte
Criança tinha lesões no pulmão, cabeça e tórax, de acordo com a perícia; foragido de 21 anos foi preso em Roraima
Rafael Medeiros
O homem de 21 anos suspeito de torturar o enteado de 2 anos até a morte, em Curitiba, foi preso em Roraima. Ele estava foragido e com um mandado de prisão em aberto. O padrasto foi preso em uma operação das polícias Civil e Federal.
O delegado Rodrigo Rederde afirmou que os agentes receberam um aviso do hospital no qual a criança deu entrada. De acordo com ele, a polícia começou a monitorar o caso e solicitou uma perícia, que em análise preliminar, afirmou que a criança estava correndo risco de morte e tinha diversas lesões na cabeça, pulmão e tórax. Por isso, foi pedida a prisão temporária do padrasto suspeito.
O homem foi indiciado por tortura com resultado morte. A Justiça determinou a prisão preventiva e, se condenado, pode pegar 30 anos de prisão.
Mãe da criança também tem prisão solicitada
As investigações mostram que a mãe da criança sabia das agressões e se recusava a denunciar. Por isso, foi indiciada pelos mesmos crimes, somado ao crime de omissão.
"A relação entre eles era bem conturbada. Ele manda uma mensagem para a mãe da criança mencionando que, se ela não parasse de chorar, ele ia bater com o cabo USB nas costas até fazer uma tatuagem nessa criança. Já havia indícios, no entanto, a Polícia Civil não tinha conhecimento, mas esses fatos eram de conhecimento da mãe, por isso pedimos a prisão", afirmou o delegado.