Operação investiga quadrilha que usava deepfakes de Lula em golpes com sites falsos
Grupo criava páginas falsas e usava vídeos manipulados com inteligência artificial para enganar vítimas e aplicar fraudes

Aline Schneider
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), a operação “Plano de Contingência” contra um grupo criminoso suspeito de aplicar golpes de estelionato usando deepfakes de autoridades públicas, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ação foi coordenada pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI) do Rio Grande do Sul e cumpriu nove mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e São Paulo, além de bloquear contas bancárias e bens dos investigados.
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De acordo com os investigadores, os suspeitos vendiam contas de anúncios e perfis com grande número de seguidores em redes sociais, usados para divulgar golpes e driblar bloqueios de plataformas.
Como funcionava o golpe
O esquema começava com anúncios pagos em redes sociais, que redirecionavam as vítimas para páginas falsas que imitavam o site oficial do Governo Federal.
Para dar credibilidade às fraudes, os criminosos usavam vídeos falsos produzidos com inteligência artificial, nos quais autoridades públicas apareciam “confirmando” supostos benefícios financeiros.
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As principais vítimas eram pessoas idosas, atraídas por promessas de valores de até R$ 6 mil. Após preencherem dados pessoais como o CPF, eram induzidas a pagar uma taxa via PIX para liberar o dinheiro que nunca existia.
Investigações
A Polícia Civil reforça que nenhum órgão do governo federal realiza cobranças para liberar benefícios sociais e alerta para o aumento de golpes com uso de inteligência artificial e deepfakes.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema e rastrear os valores desviados.









