Ministério Público de SP denuncia 21 pessoas por exploração sexual na "cracolândia" e associação com o PCC

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 21 pessoas por envolvimento com uma rede de exploração sexual que atua na "cracolândia", região central da capital paulista.

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Segundo a denúncia, o grupo operava com apoio do Primeiro Comando da Capital (PCC), explorando atividades ilícitas em hotéis e pensões da área, com o objetivo de lucrar com crimes como prostituição e tráfico de drogas.

A denúncia foi apresentada na última quarta-feira (11) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Entre os crimes relacionados aos denunciados estão organização criminosa, exploração da prostituição, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico de drogas. Alguns dos denunciados são apontados como membros do PCC.

Contas bancárias e imóveis são suspensos

Os promotores, segundo o GAECO, também solicitaram à Justiça o bloqueio de contas bancárias e a suspensão das atividades econômicas em 18 imóveis, como hotéis, pensões e cortiços usados pelo grupo criminoso. A condenação deverá incluir o confisco dos imóveis, sendo revertidos ao Estado.

Durante a Operação Salus et Dignitas, realizada em um dos estabelecimentos, foram encontradas evidências de exploração sexual de jovens, incluindo cadernos contábeis, máquinas de cartão e cartões bancários usados no esquema criminoso. O local também comercializava artigos sexuais e bebidas alcoólicas, além de ser frequentado por adolescentes usando drogas.

De acordo com o MPSP, os criminosos agiam de maneira organizada, controlando parte do território da "cracolândia" para maximizar os lucros com atividades ilícitas. "Ao garantir o controle de um território específico, elas conseguem maximizar seus lucros através de atividades ilícitas diversificadas, ao mesmo tempo em que enfrentam e superam diversas restrições que limitam sua expansão", diz o texto da denúncia.