Falso médico é preso em clínica clandestina de aborto em Belém
“Operação Nascituro”, deflagrada pela Polícia Civil do Pará, também apreendeu equipamentos eletrônicos que continham imagens com conteúdo sexual de vulnerável

Andrey Araújo
Bianca Teixeira
O suspeito Arlindo de Aquino Pedrosa foi preso pela Polícia Civil do Pará, nesta quarta-feira (19), por exercer ilegalmente a medicina, realizar abortos e armazenar imagens pornográficas infanto-juvenis.
Cassado tanto pelo Conselho Regional de Medicina como pelo órgão federal, o médico sem licença atuava em uma clínica de fachada, que se vendia como um espaço de saúde para atendimento ginecológico e obstétrico. O local foi interditado pelas autoridades policiais.
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A prisão é resultado da “Operação Nascituro”, deflagrada pela Delegacia do Consumidor (DECON), na tarde de ontem, em Belém (PA).
“Quando nossa equipe chegou ao local, algumas mulheres já estavam lá esperando por atendimento e nós também encontramos diversas provas que comprovam a prática do crime cometido pelo falso médico, já que o registro dele estava cassado”, explicou o titular da DECON, delegado Yuri Vilanova.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Pará informou que Arlindo teve o registro profissional cassado em 2015 por desobedecer artigos importantes do código de ética e isso o impede de exercer a profissão em todo o território nacional, mesmo assim, há dez anos ele exercia de forma ilegal, por esse motivo, a apuração dos fatos será feita exclusivamente pela polícia civil.
Nas redes sociais, vários internautas repercutiram o caso alegando que a clínica funciona há mais de vinte anos e que já era famosa pela prática clandestina do aborto.
A polícia agora quer saber se o conteúdo pornográfico apreendido era compartilhado pelo acusado e se há mais pessoas envolvidas no esquema.