DNA de dois PMs são encontrados em carro e roupas usadas na morte de Gritzbach
Material genética reforça envolvimento de PMs na execução de delator do PCC; veja quem são os militares suspeitos

Derick Toda
A Polícia Científica de São Paulo encontrou material genético de dois policiais militares envolvidos no assassinato de Vinicius Gritzbach, que delatou o PCC e autoridades corruptas ao Ministério Público. Ele foi executado a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em novembro do ano passado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o laudo pericial apontou a presença de DNA no veículo e nas roupas utilizadas no crime. A pasta afirmou que os materiais genéticos são de PMs que já estão presos.
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O documento, realizado pela Superintendência da Polícia Científica, foi encaminhado para o Departamento Estadual de Proteção à Pessoa (DHPP) e a Corregedoria da Polícia Militar, na tarde desta quarta-feira (26).
"Demais diligências prosseguem para a prisão dos suspeitos que seguem foragidos. As apurações correm sob sigilo e demais detalhes serão preservados para não prejudicar os processos", declarou a SSP.
Quem são os PMs presos envolvidos na morte
A Corregedoria da PM indiciou 15 militares envolvidos no caso Gritzbach.
- 11 por organização criminosa;
- 1 por prevaricação e falsidade ideológica;
- 3 prática de violência.
Os últimos três são apontados pelo envolvimento direto na execução do delator. O cabo Denis Antônio Martins, do 33º Batalhão da PM, e o soldado Ruan Silva Rodrigues, do 20º Batalhão, são suspeitos de serem os atiradores que mataram o Gritzbach.

Já o tenente Fernando Genauro seria o piloto de fuga dos envolvidos, que dirigia um carro preto. O tenente era "amigo de confiança" de Gritz que, inclusive, frequentava o apartamento do delator, na zona leste de São Paulo.

