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Jornalismo

Irmão de suspeito de matar PM da Rota no Guarujá (SP) é preso

Suspeito usava redes sociais para mostrar rotina do tráfico de drogas no litoral paulista

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suspeito sentado em uma cadeira
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O último suspeito de envolvimento na morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, no Guarujá, litoral de São Paulo, foi preso nesta 4ª feira (2.ago). Ele é irmão de Erickson David da Silva, apontado pela Polícia como o autor do disparo que matou o PM.

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Kauan da Silva, de 19 anos, se entregou na madrugada de hoje na Corregedoria da Polícia Militar. Como havia um mandado de prisão em aberto contra ele, o homem foi preso após prestar depoimento.

O suspeito usava suas redes sociais para mostrar a "rotina" do tráfico de drogas na região. Em vídeos, é possível ver o rapaz armado e comunicando traficantes, por um rádio, da chegada de viaturas policiais.

Kauãn aparece em vídeos armado e com um rádio comunicador | Reprodução/Redes sociais

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou a prisão em seu Twitter. "A justiça será feita", disse ele.

Além de Kauan e Erickson, um homem também foi detido na 6ª feira (28.jul). Um quarto suspeito de participar do assassinato do soldado Reis foi morto em um confronto com a PM.

A Operação Escudo, deflagrada após a morte do PM da Rota, deve continuar no Guarujá por no mínimo 30 dias. Em justificativa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu que a ação é uma "guerra contra o narcotráfico". Até o momento, 58 pessoas foram presas e quatro adolescentes apreendidos. 

Até 3ª feira (1º.ago), a Polícia apreendeu 385kg de drogas e 18 armas, entre pistolas e fuzis.

+ Operação para prender suspeito de matar soldado da Rota gera pânico no Guarujá

Mortos no litoral

14 pessoas já foram mortas desde o início da Operação Escudo, deflagrada em resposta à morte de Reis. Moradores denunciam que policiais estão torturando e matando inocentes, em uma espécie de vingança.

A Ouvidoria das Polícias de São Paulo diz que vai apurar as denúncias de abuso policial. O Ministério Público de São Paulo e o procurador-geral de Justiça do Estado também vão instaurar procedimentos para esclarecer eventuais crimes que possam ter sido cometidos pelos policiais como forma de resposta ao assassinato do colega. A morte do PM também será investigada.

Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que "não houve excessos" na atuação dos policiais. A declaração foi dada na 2ª feira (31.jul).

"A gente tem uma polícia extremamente profissional, que sabe usar exatamente a força na medida em que ela tem que ser utilizada. Não houve hostilidade, não houve excesso, houve uma atuação profissional e que resultou em prisões", disse Tarcísio.

Policial da Rota morto no Guarujá

O soldado Patrick Bastos Reis, do 1º Batalhão de Polícia de Choque da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), morreu após ser baleado no tórax, com um disparo de pistola 9mm, quando realizava um patrulhamento com outros três policiais nas proximidades da comunidade Vila Zilda, no Guarujá, na noite de 5ª feira (27.jul).

Patrick Reis foi morto na 5ª feira (27.jul) | Reprodução/Redes sociais

 Patrick, que tinha 30 anos, estava na corporação há 5 anos. Ele deixou a esposa e um filho de dois anos.

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