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Polícia

Exclusivo: São Paulo registra 70 crimes por dia nos arredores das estações de metrô

No primeiro bimestre de 2025 foram registrados mais de quatro mil casos de furto, roubo ou lesão corporal

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A sensação de insegurança é uma realidade para quem utiliza o metrô de São Paulo. Não é raro encontrar passageiros que relatam terem sido vítimas de crimes nas imediações das estações. Um levantamento exclusivo do SBT, com base em dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), revela que, apenas nos dois primeiros meses de 2025, foram registrados 4.188 casos de furto, roubo e lesão corporal em ruas e avenidas próximas a estações de metrô da capital. Isso equivale a uma média de 70 crimes por dia em locais utilizados diariamente por cerca de 2,3 milhões de passageiros.

Para Roberto Alves, coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e especialista em segurança pública, o ambiente favorece a ação dos criminosos. “Eles se aproveitam de cenários que permitem passar despercebidos, contando com a desatenção da vítima, que muitas vezes está com pressa e distraída”, explica.

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A Avenida Paulista, onde estão três estações da Linha Verde, aparece como a mais perigosa. Por outro lado, o maior número de crimes foi registrado nas ruas e avenidas onde estão situadas as estações da Linha Azul.

Enquanto nas regiões mais movimentadas o risco é a ação rápida dos criminosos, muitas vezes sem que as vítimas percebam que podem ser alvo, em lugares mais afastados da cidade o perigo está em deixar esses locais e fazer o percurso a pé e sem nenhuma companhia.

No dia 13 de abril, a estudante da USP, Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi assassinada ao deixar a estação do metrô Corinthians-Itaquera, na zona leste de São Paulo. Ela chegou a cogitar chamar um carro de aplicativo, mas acabou sendo morta por Esteliano José Madureira a poucos metros de casa.

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Alves reforça que, tanto em locais movimentados quanto em áreas desertas, os criminosos adaptam suas estratégias. "Onde há muito movimento, eles agem para se misturar à multidão; já em locais desertos, apostam na ausência de testemunhas ou de policiamento."

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