Tribunal decide que Trump não tem imunidade em caso de 6 de janeiro
Corte negou argumento de que republicano não poderia ser julgado por suspeita de tentar reverter o resultado das eleições de 2022. Ainda cabe recurso da decisão
Um painel com três juízes do Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos, decidiu nesta terça-feira (6) que o ex-presidente Donald Trump não tem direito a imunidade presidencial e pode responder na Justiça sobre as suspeitas de que tentou reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020 que deram vitória ao democrata Joe Biden. A imunidade presidencial foi o argumento usado pela defesa do republicano na tentativa de barrar processos sobre o caso.
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Na decisão, a corte disse que "para o propósito desse processo criminal, o ex-presidente Trump se torna cidadão Trump", com os mesmos direitos a defesa. "Qualquer imunidade executiva que o tenha protegido enquanto ele estava na presidência não o protege mais nesse processo".
Histórico
É a segunda vez que a justiça americana descarta o argumento da imunidade apresentado pela defesa de Trump para que ele não possa ser processado por atos de quando ainda era presidente, como em 6 de janeiro de 2021, quando da invasão do Capitólio por apoiadores do republicano. A corte deu até 12 de fevereiro para Trump recorrer da decisão à Suprema Corte dos Estados Unidos.
Eleições presidenciais
Um dos interesses da defesa de Donald Trump é atrasar ao máximo o andamento dos processos, para que fiquem para depois das eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro. O republicano é favorito nas primárias republicanas e aparece à frente do democrata Joe Biden em pesquisas de intenção de voto.