Papa diz que prazer sexual é "presente de Deus", mas condena pornografia
Fala de Francisco em sermão na Praça de São Pedro gerou críticas de conservadores
O Papa Francisco disse aos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta-feira (17), que o prazer sexual é um "presente de Deus". O pontífice ressaltou que, no cristianismo, "não há condenação do instinto sexual”.
O pontífice faz uma série de sermões sobre vícios e virtudes e, nesta semana, abordou o "demônio da luxúria". Ele alertou contra a pornografia, que, segundo ele, traz "satisfação sem relacionamento" e pode viciar. Ele disse que a luxúria é "devastadora" para relações, que podem ter começado da melhor maneira, mas se tornam "tóxicas".
Assista ao sermão que gerou polêmica entre conservadores.
Católicos conservadores criticam a doutrina adotada pelo atual papa, que também autorizou, em dezembro, bênçãos a casais do mesmo sexo. A orientação mantém as relações entre pessoas do mesmo sexo como "pecaminosas", mas autoriza bênçãos não equivalentes às do sacramento do matrimônio.
A permissão de bênçãos a homossexuais foi sugestão do cardeal Victor Manuel Fernández, criticado por ser autor do livro "Paixão Mística: Espiritualidade e Sensualidade", publicado em 1998.
No livro, que não foi reimpresso, Fernandéz fala sobre orgasmo com uma proximidade que chama atenção para alguém que vive em celibato e diz que a "graça de Deus" pode conviver com fraquezas e até com pecados, "quando há um condicionamento muito forte", caso da homossexualidade.
Questionado na ocasião, Fernández disse que o livro foi escrito quando era muito jovem e não reflete suas posições atuais.
