Operação militar israelense deixa ao menos 10 mortos na Cisjordânia
Soldados invadiram campos de refugiados e destruíram infraestrutura
Ao menos dez pessoas foram mortas por forças israelenses durante uma operação militar no norte da Cisjordânia ocupada nesta quarta-feira (28). Segundo autoridades palestinas, os óbitos foram registrados em uma vila próxima da cidade de Jenin, onde as principais estradas foram fechadas, e em um campo de refugiados perto de Tubas.
O número de mortes pode ser ainda maior, com organizações internacionais, como o Crescente Vermelho, apontando para pelo menos 11 vítimas desde o início da operação. Até o momento, ao menos quatro cidades foram invadidas.
Pelas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel informaram que a operação visa desmantelar "infraestruturas terroristas iraniano-islâmicas estabelecidas em campos de refugiados". Tel Aviv alega que os mortos são "militantes terroristas" e diz ainda que outros suspeitos foram presos e explosivos, armas e munições, apreendidas.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, defendeu as atividades dos militares. Ele afirmou que o “Irã está trabalhando para estabelecer uma frente de terror contra o país na Judéia e Samaria, seguindo o modelo de Gaza e Líbano, financiando e armando terroristas e contrabandeando armas avançadas.”
+ Israel diz ter resgatado refém mantido pelo Hamas na Faixa de Gaza
Incursões militares israelenses na Cisjordânia vêm aumentando desde o início da guerra de Israel contra o grupo Hamas, na Faixa de Gaza. A presença de Israel na região foi considerada ilegal pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), órgão máximo da ONU para deliberar sobre disputas entre Estados.