Maduro reforça tropas após envio de navio de guerra britânico à Guiana
“Acreditamos na diplomacia, no diálogo e na paz, mas ninguém vai ameaçar a Venezuela”, afirmou o presidente venezuelano
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou, nesta 5ª feira (29.dez), que as Forças Armadas do país conduzissem uma defensiva militar na fronteira com a Guiana, no Caribe Oriental. A ação acontece depois que o Reino Unido enviou um navio de guerra, o HMS, para a região.
Venezuela e Guiana disputam Essequibo, que atualmente está sob domínio da Guiana.
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Em discurso transmitido pela TV estatal venezuelana, Maduro disse que 6 mil soldados participarão das operações conjuntas na costa leste do país.
Maduro descreveu a chegada do navio britânico HMS Trent à costa da Guiana como uma ameaça ao seu país. Ele argumentou que a implantação do navio viola um acordo recente entre as nações sul-americanas.
“Acreditamos na diplomacia, no diálogo e na paz, mas ninguém vai ameaçar a Venezuela”, disse o presidente venezuelano. No discurso, ele estava acompanhado por diversos comandantes militares.
Guiana descreve a chegada do navio britânico como uma "atividade planejada para melhorar a defesa do país"
Autoridades guianenses disseram que a chegada do navio HMS Trent faz parte de uma atividade planejada destinada a melhorar as capacidades de defesa do país.
“Nada do que fazemos ou fizemos ameaça a Venezuela”, disse o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, aos jornalistas em Georgetown, a capital do país.
Por que Venezuela e Guiana disputam o território?
Em dezembro, a Venezuela reivindicou mais uma vez o território, que já está sob o domínio da Guiana há décadas, com um referendo no qual perguntou aos eleitores do país se Essequibo deveria ser anexado ao estado venezuelano.
* Com informações da Associated Press