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Israel vai convocar judeus ultraortodoxos para serviço militar

Movimento pode desestabilizar poder do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu

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Judeus ultraortodoxos compõem mais de 13% da população de Israel | Reprodução/Instagram
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O exército de Israel vai começar a convocação, neste domingo (21), de homens judeus ultraortodoxos, após uma decisão judicial unânime da Suprema Corte do país.

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A possibilidade de convocações gerou revolta entre os judeus ultraortodoxos, que realizam constantes manifestações contra a nova medida. Em protestos recentes, carros de militares foram cercados e uma rodovia foi fechada.

A decisão da Suprema Corte, em 25 de junho, alegou que o Estado aplicava uma seleção discriminatória, violando o princípio de que "todos os indivíduos são iguais perante a lei". Antes, os ultraortodoxos eram isentos de fazer parte do serviço militar no país, obrigatório para a maior parte da população.

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Os judeus ultraortodoxos de Israel compõem pouco mais de 13% da população do país, e a determinação da Suprema Corte pode enfraquecer o poder do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O premiê depende fortemente do apoio de partidos ultraortodoxos, que podem abandonar o governo, forçando novas eleições.

Resposta dos judeus ultraortodoxos

Na semana passada, rabinos Sephardi e Ashkenazi do alto escalão pediram que estudantes de Yeshiva (estudos avançados da Torá), não "apareçam de forma alguma ao escritório de convocações (do exército)".

Já nesta quarta-feira (17). líderes do partido Shas -- apoiador importante do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu -- seguiram as falas dos rabinos Sephardi e Ashkenazi e pediram que os jovens Haredi, como são conhecidos os judeus ultraortodoxos, ignorem os chamados ao serviço militar.

A comunidade judaica ultraortodoxa alega que o exército é incompatível com seu estilo de vida e que o "futuro do país estará prejudicado" caso os estudantes de Yeshiva se alistem.

*Com informações do jornal The Times of Israel

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