Israel ordena evacuação do sul da Faixa de Gaza devido à intensificação dos ataques
Militares afirmaram que região será atingida por um intenso bombardeio nos próximos dias
Camila Stucaluc
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) emitiram um comunicado, na noite de domingo (6), pedindo a evacuação dos palestinos que estão na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. A medida, segundo o grupo, ocorre devido à ofensiva na região, que será atingida por um intenso bombardeio.
"As forças israelenses estão operando com força extrema na área e atacarão qualquer local utilizado para o lançamento de foguetes contra o Estado de Israel. Para sua segurança, se retire imediatamente em direção ao oeste e evite retornar às zonas de combate perigosas", disse o porta-voz militar Avichay Adraee.
Além do sul, o exército israelense continua avançando sua ofensiva no norte de Gaza. Mais cedo, os militares afirmaram que o comandante da Força Naval do Hamas, Ramzi Ramadan Abd Ali Saleh, foi morto em um ataque na Cidade de Gaza, ao lado de outros integrantes do grupo extremistas.
“No sul da Faixa de Gaza, forças das equipes de batalha da Brigada Kfir e da Brigada 188 atacaram vários alvos terroristas em Khan Yunis e localizaram equipamentos de combate. No norte, forças da Divisão 98 atacaram estruturas militares de organizações terroristas e eliminaram terroristas na área da Cidade de Gaza”, disseram as IDF.
Acordo de cessar-fogo
Os combates entre Israel e Hamas acontecem em meio aos esforços dos Estados Unidos de acordar um cessar-fogo de 60 dias em Gaza. Na última semana, o presidente Donald Trump afirmou que Tel Aviv havia concordado com a trégua. Dias depois, o Hamas afirmou ter dado uma “resposta positiva” à proposta.
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Segundo Trump, o acordo engloba a libertação dos reféns israelenses capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel. O texto ainda exige o aumento de entrada de ajuda humanitária em Gaza e a retirada gradual das tropas israelenses de algumas regiões do enclave palestino. Por fim, prevê a iniciação de negociações para um cessar-fogo permanente.
