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Indústria de beleza da França entra em alerta após ameaças de tarifas de Trump

O presidente dos Estados Unidos impôs uma taxa de 30% sobre importações da União Europeia

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Presidente dos EUA, Donald Trump | 09/06/2025/REUTERS/Evelyn Hockstein
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As ameaças dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 30% sobre as importações da União Europeia deixaram a indústria de beleza francesa cambaleante, com dúvidas sobre quanto os consumidores americanos estariam dispostos a pagar pelo "toque francês".

O sindicato Febea, que representa a indústria francesa de beleza, afirmou que as exportações para os EUA somaram quase 3 bilhões de euros em 2024, representando cerca de 12% do total exportado. Os perfumes representaram pouco mais da metade, com um em cada cinco perfumes vendidos no exterior sendo comprado por um consumidor americano, informou a entidade.

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Fundamentalmente, o mercado de exportação dos EUA estava crescendo, impulso prejudicado pela ameaça de tarifa de 30% do presidente americano Donald Trump se um acordo com a UE não for alcançado até 1º de agosto.

Anne-Marie Gabelica é a fundadora da marca de cosméticos Oolution e membro da La French Beauty, um coletivo de marcas de cosméticos francesas independentes que administra uma boutique no coração de Paris.

"Para as marcas francesas de cosméticos, as exportações são um ponto de venda essencial. Nem sempre é fácil imaginar, mas algumas marcas francesas são basicamente vendidas apenas fora da França", disse ela.

Se as tarifas entrarem em vigor, as marcas francesas terão que buscar outros mercados, destacou Gabelica. A Febea vê potencial de crescimento no Brasil e na Índia.

Le Rouge Francais é especializada em produtos de beleza à base de plantas e cobra um preço alto pelo processo de produção mais complexo e seu perfil de luxo.

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Muitos dos batons que saem da linha de produção a oeste de Paris, no Vale dos Cosméticos, na França, são destinados à exportação, 25% deles para os Estados Unidos.

O cofundador Salem Ghezaili disse que eles estavam estudando a possibilidade de canalizar as importações por meio de uma empresa americana para diminuir o impacto das tarifas, mas isso ainda era incerto.

Para a Febea, o impacto de tarifas de 30% na economia francesa seria drástico. Um estudo da consultoria econômica Asterès afirmou que isso poderia levar à perda de milhares de empregos, afirmou o diretor do sindicato, Emmanuel Guichard.

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