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Emirados Árabes Unidos investem na transição energética

A reportagem do SBT Brasil viajou até o Oriente Médio para conhecer projetos do país que impulsionam mudança nas matrizes energéticas locais

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O ano de 2023 vai se encerrar com o maior volume de gás carbônico já emitido pela humanidade, segundo um relatório das Nações Unidas. A Conferência do Clima deste ano (COP28) reforçou a importância da transição energética. Os Emirados Árabes, país sede da COP28, já desenvolvem projetos bastante interessantes.

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Os 828 metros fazem do Burj Khalifa, em Dubai, o maior arranha-céu do planeta. Quase três vezes o mais alto edifício do Brasil, o One Tower, em Balneário Camboriú.

Para ir do térreo ao andar 163 do Burj Khalifa são necessários, apenas, 46 segundos. O elevador funciona à velocidade de 65 km/h. Mas a nação que acumula recordes agora terá o desafio de também lutar contra um. É que 2023 vai terminar com o maior volume de CO2 já emitido pela humanidade - cerca de 41 bilhões de toneladas, segundo o relatório divulgado pela ONU.

Os Emirados Árabes Unidos têm a meta de, até 2030, triplicar as fontes de energia renovável, assim como até 2050 zerar a emissão de gases de efeito estufa.

Por isso, a reportagem do SBT Brasil viajou até o Oriente Médio para conhecer projetos que impulsionam essa corrida contra o tempo.

A viagem começou pelo parque solar Mohamed Bin Hashid, o maior de local único do mundo. A usina -- já em funcionamento -- tem como meta suprir 100% das necessidades energéticas de Dubai até 2050.

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Construído no meio do deserto, o parque aproveita o que há em abundância: o sol. Uma torre de 260 metros recebe o reflexo de 70 mil espelhos que se movimentam para acompanhar a direção dos raios solares. Isso se transforma em energia térmica, que fica armazenada.

"Os Emirados não estão apenas investindo em infraestrutura, mas também em capital humano, capacitando a juventude e as futuras gerações que serão parte do desenvolvimento sustentável", diz Aesha Abdula, diretora do centro de inovação solar.

A trinta minutos de Dubai, já em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, masdar tem atraído olhares por ser a cidade do futuro.

Foi construída para ser 100% sustentável. Usa apenas energia limpa, reutiliza o lixo, conta somente com transporte público movido a eletricidade e neutralizou toda a emissão de gás carbônico.

É onde funciona a Universidade de Inteligência Artificial Mohamed Bin Zayad, para a qual anualmente pessoas do mundo inteiro disputam as concorridas duzentas vagas.

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Também há empresas e condomínios residenciais. Em um local moram, atualmente, 15 mil pessoas - a maioria, funcionários das companhias ou estudantes da universidade.

E pra quem não imaginava encontrar mangue em plenos emirados, Jubail é a prova de que a natureza encontra um jeito de brotar vida. A ilha em Abu Dhabi virou um parque de conservação ambiental.

"Os mangues sequestram carbono do ar e armazenam no solo. Em Abu Dhabi, eles conseguem capturar meia tonelada por hectar por ano", fala Maitha Mohamed Al Hameli, gerente de avaliação e conservação marinha da Agência Ambiental de Abu Dhabi.

"O aquecimento global está mudando o trabalho ao redor do mundo. Mas o que posso dizer é que os Emirados são um laboratório vivo para as mudanças climáticas", acrescenta Maitha.

O fato é que o mundo inteiro tem se dado contato que o homem é só um dos milhares de elementos que compõem o universo. Isso fica evidente no Museu do Futuro, em Dubai.

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