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"Será necessário que não sejamos covardes", diz Macron, ao defender resposta firme a Putin

Presidente da França defendeu sua afirmação de que a presença de tropas da Otan na Ucrânia não está descartada

"Será necessário que não sejamos covardes", diz Macron, ao defender resposta firme a Putin
Emmanuel Macron
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Dias depois de afirmar que não pode descartar a presença de tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Ucrânia, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a a Europa está entrando em um momento em que "será necessário que não sejamos covardes".

O francês tinha sido criticado por sugerir um envolvimento direto na guerra da Ucrânia, algo que a maior parte dos líderes da Otan negou posteriormente. Durante visita à República Tcheca, ele consolidou o discurso mais ofensivo e provocou os colegas de Aliança Militar, especialmente os europeus e, mais precisamente, a Alemanha.

"É ou não é nossa guerra? Podemos olhar para o lado e deixar que as coisas aconteçam? Eu acho que não. Pedi um impulso estratégico e volto a afirmar isso com todas as letras. Precisamos ser realistas sobre a situação que está se desenrolando na Europa e que é um risco para o que defendemos. Estou convencido de que a clareza dessas palavras ditas publicamente é o que a Europa precisava".

+Chanceler russo rebate Macron: "usem suas cabeças para pensamentos mais seguros para a Europa"

O francês considera que a Rússia precisa de uma resposta mais firme e defende uma mudança de postura. "Se mapearmos diariamente quais são os nossos limites diante de alguém (Vladimir Putin) que não tem nenhum e que começou essa guerra, posso dizer de forma direta que o espírito de derrota está escondido nos bastidores". "Não sob a minha supervisão", provocou o francês.

As declarações de Macron acontecem no meio de um escândalo causado pela espionagem russa. Uma reunião da alta cúpula da Força Aérea alemã foi interceptada e divulgada nas redes sociais. Os militares falavam sobre a possibilidade do envio de mísseis Taurus para a Ucrânia.

Nesta terça-feira (5), o ministro da Defesa da Alemanha garantiu que o sistema de comunicação não foi comprometido e que a interceptação só foi possível porque um dos militares, que estava em Singapura, usou uma conexão insegura. Mas Boris Pistorius não conseguiu reverter o mal estar causado por uma das revelações da conversa, a de que militares britânicos já estão em solo ucraniano operando os mísseis Storm Shadow, que doaram para os ucranianos.

Na semana passada, o chanceler alemão, Olaf Scholz, confirmou que é contra a doação dos mísseis Taurus para a Ucrânia. Fabricados na Alemanha, eles podem alcançar alvos a até 500 quilômetros de distância, o dobro da capacidade dos mísseis doados pelos britânicos e franceses.

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