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Argentina acaba com restrição para compra de dólar após acordo com FMI

Anúncio foi feito pelo presidente Javier Milei à TV argentina; medida começa a valer a partir desta segunda (14)

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Discurso de Milei sobre a nova medida durou 22 minutos | Reprodução/La Vanguardia
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A restrição para compra de dólares para pessoas físicas na Argentina termina nesta segunda-feira (14), depois do país fechar acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O presidente Javier Milei foi à TV realizar o anúncio oficial na última sexta-feira (11), após o fechamentos dos mercados financeiros.

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"Nunca a Argentina esteve tão bem equipada em seus fundamentos econômicos para resistir a tensões da economia global", comemorou Milei. O presidente afirmou, durante a coletiva que durou 22 minutos, que esse é o melhor momento do país para resistir às turbulências externas. No novo modelo, o dólar deverá oscilar entre 1.000 e 1.400 pesos, segundo o ministro da Economia, Luis Caputo.

Milei agradeceu ao FMI e à diretora-gerente, Kristalina Georgieva, pelo apoio a um novo programa que acrediita que "não é para arrumar o caos, mas para respaldar um plano que já deu resultados". O ministro da Economia argentina relata que a medida será fundamental para atrair investimentos para o país.

A Argentina diz que deve receber US$ 28 bilhões somente em 2025, sendo US$ 15 bilhões do FMI, US$ 6,1 bilhões de outros credores multinacionais, US$ 2 bilhões de bancos globais e US$5 bilhões da extensão de um swap cambial com a China. De acordo com o banco central argentino, "esses recursos líquidos serão usados para fortalecer o balanço patrimonial (do banco central) por meio da recompra de títulos intransferíveis pelo Ministério da Economia".

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Segundo o acordo, o país precisará acumular reservas internacionais líquidas no valor de US$ 4 bilhões até o final de 2025. Em projeções do FMI, a economia da Argentina deve crescer 5,5% em 2025, já a inflação anual pode variar entre 18% e 23%. O superávit primário dever ser de cerca 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), porém Luis Caputo já tinha elevado a meta para 1,6%.

Mas, os desafios do país ainda não terminaram: as reservas no vermelho e a inflação, mesmo em queda, ainda são persistentes. "A cobertura das reservas continua muito fraca", revelou o FMI. O órgão diz que ainda é necessário mais trabalho para fortalecer a posição externa do país a um cenário global mais complexo.

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