Alberto Fernandez deixa presidência da Argentina sob inflação de 142,7%: "Vários desafios"
Político passa o cargo neste domingo (10.dez) para o ultraconservador Javier Milei e diz que governou "com acertos e com erros"
O presidente da Argentina, Alberto Fernandez, disse neste sábado (09.dez), último dia do seu mandato de quatro anos no comando do país, que "enfrentou vários desafios e nunca abaixou os braços".
"Com acertos e com erros, tenho a tranquilidade de não ter sido tomado nem uma única medida contra você", escreveu Fernandez em uma rede social. "Obrigado por me dar a honra de presidir a República Argentina, a pátria que amo."
Enfrenté numerosos desafíos y nunca bajé los brazos. Con aciertos y con errores, tengo la tranquilidad de no haber tomado ni una sola medida en contra de ustedes.
? Alberto Fernández (@alferdez) December 9, 2023
Gracias por haberme dado el honor de presidir la República Argentina ??, la patria que amo. pic.twitter.com/aJuSmK46x3
Neste domingo (10.dez), Fernandez irá participar da cerimônia de entrega da faixa presidencial para Javier Milei, que venceu as eleições presidenciais derrotando o candidato do governo Fernandez, Sergio Massa, ministro da Economia.
Ele descatou entre seus feitos o crescimento do emprego na indústria, os investimentos na educação, a queda dr 40% da mortalidade materna. Fernandez teve um bom desempenho no combate à Covid-19 e a vacinação da população contra o coronavirus, mas a sua gestão ficou marcado pela forte crise econômica que atingiu a Argentina, chegando em novembro de 2023 a uma inflação anual de 142,7%.
Herdou uma grande recessão do seu antecessor, Mauricio Macri, e ainda enfrentou a crise mundial provocada pela pandemia e pela guerra da Ucrânia, além de uma grande seca enfrentada pela produção agrícola em 2022.
Na relação com o Brasil, Fernandez não teve boa relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto esteve esteve no Planalto. Já com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro, o presidente argentino ganhou um forte aliado na América do Sul, mas a amizade e política internacional não surtiu um grande efeito no seu último ano de mandato.