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"The Crown" chega ao fim instigando histórias recentes da realeza

Segunda parte da última temporada entra no ar em 14 de dezembro

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Cena de The Crown da Princessa Diana com seus filhos
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As histórias da monarquia britânica estão de volta e agora para fechar uma das séries de maior sucesso da Netflix. "The Crown" chega à sexta e última temporada em duas partes, que recontam capítulos recentes da realeza, como a morte da princesa Diana e o início do relacionamento do príncipe William e Kate Middleton. O SBT News cobriu com exclusividade a pré-estreia, em Los Angeles.

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Um retrato da história do Reino Unido e do mundo no século XX, com liberdade poética. A série foi lançada em 2016 e, logo no início, começou a seguir a ascensão ao trono da rainha Elizabeth II, o casamento com o príncipe Philip e o nascimento dos filhos. Um sucesso de público, que serviu inclusive para medir a popularidade da família real britânica e como a realeza atrai curiosos e até sonhadores. 

Agora, na reta final - os primeiros quatro capítulos da primeira parte da sexta temporada - relembram o final da década de 1990 e já estão no ar. Para quem viveu essa época, as imagens são muito familiares: uma princesa perseguida por câmeras e a fatalidade que o mundo presenciou. 

Francesa de nascimento e criada na Austrália, a atriz Elizabeth Debicki é quem interpreta Diana e teve que aprender a postura da princesa para fazer o papel.

Elizabeth Debicki como princesa Diana em "The Crown" | Imagens: Netflix

"Sim, é difícil. É uma postura muito diferente da minha. Mas é isso que muitos trabalhos fazem com os corpos dos atores. Acho que é como se fosse um mapa completamente diferente do que você está habitando. Isso é muito particular e é importante que seja feito corretamente", disse a atriz na estreia em Los Angeles.

A primeira parte da temporada final narra os dois últimos meses de vida de Diana e tenta explicar os acontecimentos que levaram ao trágico acidente, e o relacionamento dela com Dodi Fayed, interpretado pelo escocês filho de egípcios Khalid Abdalla.

Khalid Abdalla interpreta Dodi Fayed  | Imagens: Netflix

"Dodi [Fayed] é uma figura que existe nas prateleiras dos supermercados há 26 anos. No olhar das pessoas, como um nome. Mas ainda há algumas pessoas que me perguntam se ele está vivo. E isso significa alguma coisa. Mas, então o que eles sabem sobre ele antes de assistir "The Crown"? Nada realmente. A palavra playboy? Eles sabem como ele soa? Alguém está perguntando como ele parecia? Qual foi a história dele? Não, por quê? Você então faz isso, e porque você o conhece, você consegue até amá-lo, e então ele morre, você finalmente consegue chorar por ele. Não ter sido lamentado dói, sabe? E se você quiser falar sobre o tipo de responsabilidade mais ampla... Tive esse momento recentemente, especialmente com tudo o que está acontecendo no mundo, onde me perguntei: 'Quantos personagens árabes existem no cinema que você conhece? E você começa a amar, e então eles morrem, e então você fica de luto por ele? Quase não há nenhum. Apesar do número de pessoas que morreram e foram mortas em guerras e outras coisas durante a minha vida, da do meu pai e do meu avô. Portanto, é importante desenvolver essa responsabilidade. E essa é uma das razões pelas quais tenho isso comigo. Porque é importante", disse o ator ao abrir a palma da mão onde trazia escrita a mensagem 'cessar-fogo agora'.

As reações a esta primeira parte foram um misto de nostalgia, elogios e críticas de estudiosos que levantaram "imprecisões históricas". Mas, de acordo com a equipe de produção, a trama é 'baseada' em fatos reais.

"Há muitos aspectos que optamos por não cobrir, porque isso seria errado ou inapropriado. Foram escolhas que fiz, poderia escrever mais seis temporadas sobre o mesmo período da história, então obviamente deixamos algumas coisas de fora, mas gosto de pensar com responsabilidade", falou o showrunner, Peter Morgan, no evento.

"The Crown", série sobre a realeza britânica, chega ao fim | Imagens: Netflix

Os próximos seis episódios entram no ar no dia 14 de dezembro e prometem mostrar o início do relacionamento de Kate e William, mais sobre o casamento de Charles e Camilla e quem sabe relembrar a morte da Rainha Elizabeth II, que aconteceu em 8 de setembro de 2022. E, tudo, segundo Suzanne Mackie, produtora executiva, com um toque brasileiro.

"Tivemos o brilhante diretor brasileiro, Alex Gabassi, o também brilhante diretor de fotografia brasileiro (Adriano Goldman) e o também um brilhante editor brasileiro (Paulo Pandolpho). Então, tivemos uma fantástica energia brasileira fazendo "The Crown". Espero que tenhamos contado a história com sensibilidade, dignidade e consideração", disse Suzanne ao SBT News.

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