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Rússia sai do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa

Documento foi assinado em 1990 para limitar equipamentos militares durante a Guerra Fria

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou, nesta 3ª feira (7.nov), que concluiu o processo de saída do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa (CEF). Segundo a pasta, o país já havia suspendido a participação no acordo em 2007, retirando a participação ativa em 2015. Em março deste ano, o presidente Vladimir Putin assinou um decreto que retirava oficialmente Moscou do tratado.

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O CEF foi assinado em 1990, durante a Guerra Fria entre Estados Unidos e Rússia. O acordo estabelecia limites iguais para equipamentos militares convencionais, como tanques de guerra, artilharia pesada e aviões de combate, que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o então Pacto de Varsóvia poderiam implementar. A medida foi projetada para evitar que um dos lados reunisse forças para uma rápida ofensiva.

Em justificativa para sair do tratado, a Rússia afirmou que a pressão dos Estados Unidos para expandir a Otan levou os países da aliança a "contornar abertamente" as restrições impostas, com, inclusive, envios de armamentos à Ucrânia - com quem está em guerra desde fevereiro de 2022. Para o Kremlin, o acordo não representa os interesses russos.

"O Ocidente superestimou as possibilidades de ?influenciar? a Rússia. Tendo em conta a responsabilidade direta dos países da Otan pelo fomento do conflito na Ucrânia, bem como a admissão da Finlândia na aliança e a consideração contínua de um pedido semelhante pela Suécia, mesmo a preservação formal do Tratado CFE tornou-se inaceitável do ponto de vista dos interesses fundamentais de segurança da Rússia", disse o governo.

Juntamente do CEF, dois outros documentos perderam a validade: o Acordo de Budapeste de 1990, que estabelecia limites máximos de armamento para cada um dos países do Pacto de Varsóvia, e o Acordo de 1996, que limitava o número de forças nos flancos - tática militar - após o colapso da antiga União Soviética. 

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A saída dos tratados acontece no mesmo ano em que Putin suspendeu o acordo de controle de armas nucleares com os Estados Unidos, conhecido como New Start. Na decisão, o líder russo alegou que Washington estava participando ativamente da guerra na Ucrânia, sobretudo com o envio de armas. A suspensão, no entanto, ainda enfrenta impasse da Casa Branca, que defende que a ação é legalmente inativa.

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