Quem é Yahya Sinwar, líder do Hamas em Gaza e responsável por planejar maior ataque a Israel
Líder do grupo armado na Faixa de Gaza já ficou preso por 23 anos, é fluente em hebraico e já mandou carta a punho a Netanyahu
Responsável por planejar o maior atentado contra o território de Israel, Yahya Sinwar, 60, é o segundo da hierarquia do Hamas e comandante principal do grupo no território da palestino na Faixa de Gaza, eleito por votações secretas. O ataque é considerado sem precedentes e gerou uma intensa reação em israelense, escalando a temperatura já em ebulição na disputa milenar em Gaza.
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A operação Dilúvio de Al-Aqsa, realizada na madrugada no último sábado deixou mais de mil pessoas mortas - civis em maioria - e tomou 130 reféns. Neste contexto, um porta-voz do Hamas anunciou, nesta 2ª feira (9.out), que vai executar um refém a cada bombardeio realizado pos Israel em moradias civis sem aviso prévio.
O comandante do Hamas na Faixa de Gaza passou 23 anos em prisões israelenses, tendo sido condenado a quatro prisões perpétuas pela morte de dois soldados de Israel e quatro da Palestina (estes considerados pelo Hamas como espiões israelenses).
Apesar dos crimes e ser visto como um dos homens mais perigosos do Hamas, Sinwar foi solto em 2011 com outros 1.026 prisioneiros em troca de um soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em 2006 pelo Hamas durante um confronto no Líbano. Pesou para o acordo o fato de Shalit ter nacionalidade francesa, fazendo com que a França e a União Europeia se envolvessem nas negociações.
Durante os 23 anos sob cárcere aprendeu hebraico fluentemente e já afirmou que se dedicou a conhecer Israel no tempo em que esteve na cadeia. Na madrugada do último sábado (7.out), ele foi um dos principais responsáveis por uma ataque terrorista sem precedentes a Israel. O líder também é formado na Universidade Islâmica de Gaza, onde obteve um diploma de bacharel em estudos árabes.
Desde que foi solto, o comandante já escreveu carta a punho ao presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, definindo um cessar-fogo como "risco calculado" e criticou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas ao calcular um ataque aos israelenses. Segundo Yahya Sinwa, o Hamas e os palestinos deveriam "reacender a resistência na Cisjordânia.
Com papel determinante no Hamas, a residência e o gabinete de Sinwa foram alvos dos primeiros bombardeios promovidos por Israel em Gaza no contragolpe de Israel no último sábado. No entanto, ele não estava em nenhum dos locais.
Há cerca de duas décadas, os líderes do Hamas passaram a se esconder em bunkers e dificilmente fazem aparições públicas. A prática passou a ser adotada no começo dos anos 2000, após Israel ter executado dois comandantes do grupo armado entre 2002 e 2004.
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