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Grupo de brasileiros é resgatado do Níger com a ajuda da França

País africano sofreu golpe de estado e pode ser invadido por nações vizinhas

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Centenas de manifestantes comemoram enquanto carros pegam fogo
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A França, que colonizou o Níger até 1960, tem liderado os esforços para retirar cidadãos franceses e estrangeiros do país africano. Na 6ª feira (4.ago), um grupo formado por oito brasileiros foi recebido no Consulado-Geral do Brasil, em Paris. O Itamaraty informou que outros nove cidadãos brasileiros optaram por permanecer no Níger, mas disse que eles estão em contato com as autoridades nacionais.

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Já são quase duas semanas de incertezas no Níger. As sanções internacionais não foram capazes de fazer a junta militar, que tomou o poder, ceder à pressão.

O general Abdourahmane Tchiani, que se autoproclamou líder após destituir Mohamed Bazoum, sente-se ameaçado. A preocupação, agora, é que os conflitos internos ultrapassem as fronteiras. Países que compõem a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deram um ultimato para que o presidente eleito democraticamente seja reconduzido ao poder. 

O prazo vence neste domingo (6.ago). Em caso de não cumprimento, há ameaças de invasão militar. Os golpistas contam com o apoio de países como Burkina Faso e Mali, que também são governados por militares, e afirmaram que qualquer intervenção no Níger seria considerada uma declaração de guerra contra seus países. Outra ameaça é a atuação de grupos paramilitares, como o Wagner, que participou da invasão da Ucrânia e, recentemente, esteve em contato com os golpistas.

Além do risco de uma guerra civil, que poderia se alastrar por todo o continente, há ainda o temor do aumento da influência de extremistas da Al-Qaeda e do Estado Islâmico.

Neste sábado (05.ago), o primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou, concedeu entrevista à imprensa francesa. Ele disse que o presidente Bazoum segue preso pela junta militar na residência oficial, em local isolado, em más condições, sem acesso à luz e água. Segundo ele, a situação do líder é "dramática". Em outro momento, o premiê falou que o golpe de estado não foi consumado de fato e acredita que ainda é possível reverter a situação política no país africano.

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