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O impasse após a eleição na Espanha

Arranjo em busca de uma maioria para governar o país terá efeitos na UE e na América do Sul.

O impasse após a eleição na Espanha
Pedro Sanches ao lado de Charles Michel, presidente do Conselho Europeu e da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen | Sérgio Utsch/SBT News
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A eleição que não produziu um grande vencedor encarregou-se de mostrar um claro derrotado. O Vox, partido de extrema-direita, ainda é a terceira maior força do parlamento espanhol, mas perdeu 19 deputados. Tinha 52 e agora tem 33.

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Os Socialistas do primeiro-ministro Pedro Sanchez superaram as expectativas e aumentaram a bancada em 2 deputados. Ainda é insuficiente para formar um governo. A mesma lógica vale para o Partido Popular, da direita tradicional espanhola, que passou de 89 para 136 deputados.

Foi uma vitória menor do que esperava e que também não garante maioria no Parlamento, nem mesmo com a esperada aliança com a extrema-direita.

A projeção da TVE espanhola mostra que, incluindo os partidos menores em possíveis coalizões, a conta final coloca os Socialistas com 172 cadeiras, contra 171 da oposição, ainda distante das 176 necessárias para formar maioria.
Nas voltas que o mundo da política dá, o "king maker" pode ser o Junts, partido nacionalista fundado por Carles Puigdemont, o líder catalão exilado desde 2017 e acusado de sedição por organizar um referendo em 2017 para independência da Catalunha à revelia do governo espanhol.

Pedro Sanches ao lado de Charles Michel, presidente do Conselho Europeu e da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen | Sérgio Utsch/SBT News

O Junts garante que não se alia a ninguém. Ou a Espanha terá um governo de minoria, ou poderá ceder às exigências dos catalães de um perdão oficial e, quem sabe, um novo referendo na Catalunha. Pedro Sanchez enfrentou críticas na campanha por ceder demais aos nacionalistas.
A Espanha acabou de assumir a presidência rotativa da União Europeia. A instabilidade é ruim para o país e pode ser também para o bloco europeu. Indiretamente, pode prejudicar o Brasil e os outros países do Mercosul, que negociam o acordo comercial com a UE.

Espanha assume presidência rotativa da UE em momento que a extrema-direita chega ao poder no país | Unsplash

Para o governo brasileiro, a saída de Sanchez significa a perda de um aliado na terceira maior economia da UE e que, pelo menos por enquanto, está entre os mais influentes do bloco europeu.

Não há saída fácil para o impasse, mas, seja qual for a solução, haverá impactos não apenas na política espanhola, mas também na União Europeia e do outro lado do Atlântico. 

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