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Planeta bate recorde de temperatura média pelo terceiro dia seguido

ONU alerta para mudança climática fora de controle e risco de catástrofe

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Um observatório da União Europeia anunciou que o mês passado foi o mês de junho mais quente já registrado no mundo. Nesta 4ª feira (5.jul), pelo terceiro dia seguido, o planeta atingiu a maior temperatura média global.

No hemisfério norte, onde é verão, os termômetros atingiram recordes em vários países nos últimos dias. A China está em alerta laranja por causa da temperatura. Por lá, cidades como Pequim, sofrem com o calor de 35°C há, pelo menos, uma semana.

Na vizinha Índia, o número de internações por insolação e desidratação dispararam. No Egito, os termômetros atingiram os 40°C.

Nos Estados Unidos os termômetros também vêm marcando a média 35°C com sensação térmica de 40°C. Esses números do hemisfério norte elevaram a temperatura média global, que atingiu recorde duas vezes nesta semana e se manteve na 4ª feira.

Para o secretário-geral da ONU, os dados demonstram que a mudança climática está fora de controle. Antonio Guterres alertou que se medidas urgentes não forem tomadas, o mundo entrará numa era catastrófica.

Um dos fatores que devem agravar a situação é a formação do El Niño, confirmada na 2ª feira (3.jul). O fenômeno climático é caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano pacífico -- o que muda o padrão da circulação de ventos e eleva as temperaturas de todo o planeta.

Segundo meteorologistas, no Brasil, o El Niño deve trazer mais chuva para a região sul do país e elevação da temperatura em quase todos os estados. O clima deve trazer consequências ao agronegócio e aumentar as queimadas na Amazônia.

"A tendência é que ele vá ficando mais intenso até o fim do verão do ano que vem, março de 2024. A verdade é que a gente está entrando em um período que nunca foi observado antes", afirma a meteorologista Luíza Cardoso.

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