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Avó de adolescente morto por policial pede fim de protestos na França

Atos violentos já resultaram em mais de 3 mil prisões; caso será discutido no Parlamento

Imagem da noticia Avó de adolescente morto por policial pede fim de protestos na França
Manifestantes continuaram a incendiar carros, escolas e delegacias | Reprodução/Twitter
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A avó do adolescente Nahel, morto durante uma blitz policial no subúrbio de Paris, fez um apelo para que a população pare com os protestos violentos no país. Em entrevista à BFM TV, a avó do jovem afirmou que os manifestantes estavam usando o ocorrido como desculpa para causar tumulto pelas ruas, o que vai contra o desejo da família.

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"Estou dizendo a eles [os manifestantes] para pararem. Parem de tumultuar, parem de destruir. Nahel está morto. Minha filha está perdida. Ela não tem mais vida", disse a avó do adolescente. "Queremos que as coisas se acalmem", acrescentou.

O pedido acontece após cinco noites seguidas de tumultos por toda a França. Os manifestantes continuaram a incendiar carros, escolas e delegacias, chegando até mesmo a atacar a casa do prefeito de L'Haÿ-les-Roses, Vincent Jeanbrun. Os atos já resultaram na movimentação de 45 mil policiais e na prisão de mais de 3 mil pessoas.

Na noite de domingo (30.jun), o presidente Emmanuel Macron se reuniu mais uma vez com o gabinete de crise para discutir medidas para conter os atos. Para esta 2ª feira (3.jul), o líder francês tem reuniões marcadas com os líderes das duas câmaras do Parlamento, bem como com os prefeitos das 220 cidades afetadas pelos protestos. 

Entenda o caso

Identificado como Nahel, o adolescente de 17 anos foi parado por uma blitz na manhã de 3ª feira (27.jun), na comuna de Nanterre. Como estava dirigindo sem documentos, o adolescente acelerou o veículo, o que fez com que um dos policiais disparasse um tiro. Nahel morreu pouco tempo depois de ser atingido no peito e o carro bateu em um poste.

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A abordagem foi registrada por um morador, que compartilhou o vídeo nas redes sociais. A divulgação provocou uma eclosão de tumultos em Nanterre, localizado no subúrbio de Paris, mas logo se espalhou por toda a França, incluindo na cidade de Lyon - terceira maior do país. O jovem foi enterrado no sábado (1º.jul).

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