Caso Emmily: Justiça argentina determina prisão domiciliar de empresário
Brasileira morreu após cair do 6º andar de um prédio em Buenos Aires, no dia 30 de março
Márcio Resende
A Justiça da Argentina determinou a prisão domiciliar do empresário suspeito de envolvimento na morte da brasileira Emmily Rodrigues Santos Gomes, de 26 anos, em Buenos Aires.
Os investigadores entenderam que o acusado, Francisco Saenz Valiente, não teve intenção de matar a jovem, mas proporcionou os elementos para que a vítima caísse do 6º andar de um prédio da cidade, no dia 30 de março.
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O empresário foi acusado de facilitar o acesso às drogas e de fornecer um lugar para o consumo, o próprio apartamento. Nas últimas horas, a polícia científica também concluiu que 25 objetos do imóvel tinham a presença de sangue e sêmen.
"Estou convicto de que os resultados das perícias impactaram diretamente na decisão dos juízes. Sem dúvida, Francisco Saenz Valiente tem responsabilidade na morte de Emmily", afirma o advogado contratado pela família da brasileira, Ignácio Trimarco.
Para a acusação, o empresário drogou a jovem com a intenção de cometer abuso sexual. Uma seringa com substância não identificada também foi encontrada no apartamento. O resultado da análise do conteúdo deve ser divulgado nesta 5ª feira (29.jun).
A decisão da Câmara de Apelações Criminais não leva o empresário para trás das grades, mas obriga o uso de tornozeleira eletrônica. Neste primeiro momento, Valiente é acusado por homicídio culposo - o que dá mais tempo para que os investigadores consigam provas para que a promotoria o processo, posteriormente, por feminicídio.
Desde 2012, a Argentina prevê prisão perpétua para o crime de feminicídio. No caso de homicídio, a pena é de 8 ano a 25 anos de reclusão.